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Google Street View terá 82 novos carros no Brasil

O Google vai acelerar a captação de imagens para seu serviço Street View no Brasil. Em janeiro, o projeto contará com 82 automóveis que vão fotografar as ruas do país

Carro do Google Street View na Europa: no Brasil, o modelo escolhido é o Captiva, da General Motors (Sean Gallup/Getty Images)

Carro do Google Street View na Europa: no Brasil, o modelo escolhido é o Captiva, da General Motors (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 11h08.

São Paulo -- O Google vai aumentar a velocidade de captação de imagens do Street View no Brasil. A segunda fase do projeto, que começou em janeiro, contará com 82 automóveis.

Na primeira etapa, que cobriu mais de 50 cidades no ano passado, foram usados 30 carros Stilo, da Fiat. Como a parceria com a montadora terminou neste ano, o Google resolveu dar continuidade no projeto por conta própria e comprou veículos utilitários modelo Captiva, da Chevrolet. A nova frota é 174% maior do que a anterior. As câmeras usadas para capturar as imagens também foram atualizadas para uma versão mais moderna. Em vez de nove, agora serão 15. Ainda não foi definida a data em que as fotos de novas cidades estarão disponíveis.

O uso de triciclos para fotografar lugares em que os carros não passam, que estava prometido desde o final de setembro do ano passado, deve sair do papel em breve. "Agora a gente vai fazer o Street View do Parque do Ibirapuera. Vamos fazer de alguns shopping centers também", afirmou Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil, há pouco mais de dois meses no cargo. De acordo com ele, a cobertura de centros comerciais é uma das maneiras encontradas pela companhia de ganhar dinheiro com o serviço.

Por enquanto, apenas uma parte dos veículos está circulando. Os veículos Captiva do Street View já foram avistados em São Paulo, Paulínia e Atibaia. "Estamos fotografando outras cidades, outros Estados. O trabalho de logística é brutal. Tem de ter motorista, hospedagem, alimentação, manutenção", disse Félix Ximenes, diretor de Comunicação do Google Brasil. Algumas áreas fotografadas em São Paulo pelos veículos Stilo estão sendo refeitas pelos automóveis Captiva, teoricamente mais estáveis e robustos.


Orkut X Facebook

Para Coelho, o crescimento do Facebook no Brasil não é uma ameaça para a receita publicitária do Orkut. "Vejo mais como alguém que vai nos ajudar a expandir o mercado online", disse. Para o novo diretor-geral do Google Brasil, a concorrência entre as duas redes sociais é saudável. "O Google é uma empresa que cresce muito, em um mercado que está cada vez mais aberto á publicidade digital." Hoje, o Orkut conta com 85 milhões de usuários ativos no país. "O faturamento do Orkut vem crescendo. Nossa preocupação inicial é fazer um negócio legal, não ganhar dinheiro."

Hoje, o escritório do Google em Belo Horizonte, que cuida do desenvolvimento do Orkut e de outros produtos, tem um terço dos funcionários da empresa no Brasil (aproximadamente 100 pessoas). A maior parte da operação está concentrada na área comercial, no escritório de São Paulo, que conta com 200 funcionários. Segundo Ximenes, a diferença ocorre porque o Google tem dificuldade de contratar desenvolvedores com o perfil desejado no Brasil. "Há bons engenheiros aqui, mas é mais raro encontrarmos pessoas que trabalhem com o conceito de software de consumo", afirmou.

 Diretor geral do Google usa iPad

Coelho usa um smartphone Galaxy S, da Samsung, mas não adotou um tablet com o Android Honeycomb. Ele possui um iPad, da Apple, que considera ser melhor. "Tem vários tablets maravilhosos com Android chegando por aí. O bacana do Google é isso. Se você quiser usar um produto, você usa. Esse aqui (o iPad) eu já tinha antes de entrar. Enquanto não aparecer algo com uma experiência melhor, vou continuar usando o meu iPad", disse. "Eu acho que está chegando. Tem que ver também que trocar não é barato."

Ao falar sobre o crescimento do Chrome, o novo diretor-geral do Google Brasil desconsiderou a existência do Firefox e sua participação no mercado, de pouco mais de 20%. "Estamos atuando para conseguir aumentar a participação no mercado de browsers. Hoje, (o Chrome) já é o segundo browser. Se você olhar as curvas, o Internet Explorer está caindo e o Chrome está subindo. Em algum momento as curvas se encontrarão." O Chrome, na verdade, está no terceiro lugar, com cerca de 12% do mercado mundial.

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