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Google lança projeto para tentar salvar 3.054 idiomas em risco

Site se propõe a ser um acervo documental, com vídeos, fotos e áudio, de várias línguas que podem desaparecer em alguns anos

Google lança hoje projeto que tem como objetivo tentar salvar idiomas em risco de extinção (Getty Images)

Google lança hoje projeto que tem como objetivo tentar salvar idiomas em risco de extinção (Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de junho de 2012 às 11h04.

São Paulo – O planeta conta com cerca de 7 mil idiomas, responsáveis por ajudarem milhares de pessoas a se comunicarem. Deste número, aproximadamente 3.054 idiomas estão correndo sérios riscos de acabarem extintos nos próximos 100 anos. Porém, uma iniciativa lançada hoje pelo Google tem o objetivo de tentar salvar, ou pelo menos registrar, a existência de cada um destes idiomas, o projeto “Idiomas em risco”.

De acordo com o Google em seu blog oficial, a ideia é que o site do projeto se torne um local no qual os interessados no assunto possam trocar conhecimento e pesquisas sobre temas relacionados ao idioma em questão. Além disso, quer ajudá-los a manter o registro e acervo cultural de um determinado idioma sempre atualizado.

No site, curiosos, e quem mais quiser conhecer este diverso mundo cultural, podem navegar em um mapa do planeta. Nele, pontos coloridos indicam a localização de um idioma em determinado país e apontam o seu nível de vitalidade. Ao clicar no ponto desejado, o usuário é então direcionado à sua página.

Um exemplo é o idioma Koro, recém-descoberto em cadeias montanhosas no nordeste da Índia e falado por cerca de mil pessoas. Na sua página é possível encontrar diversas informações, além de assistir a vídeos nos quais membros da comunidade explicam curiosidades sobre plantas locais. O site também oferece a possibilidade de se compartilhar as informações sobre cada língua no Google+, Facebook ou Twitter.

As informações sobre cada um dos 3.054 idiomas incorporados ao projeto são fornecidas pelo Catálogo de Línguas em Extinção (ELCat), da Universidade do Havaí, e pelo Instituto de Línguas e Tecnologia da Informação, da Universidade de Michigan. Há, contudo, o incentivo para que, não apenas os envolvidos, mas toda a sociedade contribua com informações sobre a língua, com amostras de texto, áudio ou vídeo, tornando-a acessível a todos.

Além do projeto, foi inaugurada também a “Aliança pela Diversidade Linguística”, que tem como objetivo fortalecer os esforços para a documentação dos idiomas em risco. A aliança irá auxiliar as comunidades na proteção e revitalização da língua.

O desenvolvimento e lançamento do projeto ficaram por conta do Google. Mas a ideia é que ao longo do tempo, a administração e o gerenciamento do "Idiomas em risco" fiquem nas mãos do Conselho Cultural dos Primeiros Povos (First People’s Cultural Council) e outras entidades dedicadas à proteção, documentação e estudo dos idiomas em extinção. 

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