Tecnologia

Google fecha o cerco e limita coleta de dados pessoais no Chrome

Companhia de Mountain View vai limitar a coleta de dados por empresas que criam extensões para o navegador

Chrome: navegador deve ficar mais seguro com mudanças propostas pelo Google (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

Chrome: navegador deve ficar mais seguro com mudanças propostas pelo Google (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 06h00.

Cada vez mais pressionado por órgãos que cobram mais transparência na coleta e no uso de dados pessoais na internet, o Google vai realizar uma alteração drástica no Chrome. Na nova política adotada pela companhia de Mountain View, empresas que criam extensões para o software vão precisar especificar detalhadamente o que fazem com os dados coletados dos usuários.

O Google explicou que sua nova política de privacidade vai entrar em vigor já no início deste ano e deve mudar completamente a forma como os desenvolvedores criam extensões para serem utilizadas no navegador. Caso as empresas não detalhem de forma clara o que fazem com os dados coletados, as extensões não serão disponibilizadas na loja oficial do Chrome.

“A partir de janeiro de 2021, a página de detalhes de cada extensão na Chrome Web Store mostrará informações fornecidas pelo desenvolvedor sobre os dados coletados pela extensão, em linguagem clara e de fácil compreensão", informou a empresa, segundo reportado pelo site TechRadar.

Ao mesmo tempo que em vai solicitar relatórios detalhando o uso dos dados, o Google também fecha o cerca e passa a limitar a quantidade de informações que podem ser colhidas por essas empresas. A preocupação da empresa de Mountain View é de que as companhias coletem mais dados do que necessitam e façam o uso indevido dessas informações.

Vale lembrar o escândalo envolvendo outra gigante da tecnologia, o Facebook, e a consultoria Cambridge Analytica, que usou dados coletados na plataforma na tentativa de manipular as eleições presidenciais americanas de 2016 e o referendo do Brexit.

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