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Google estaria rastreando usuários do Android ilegalmente, dizem ativistas

Grupo ativista Noyb entrou com reclamação na Justiça da França por algoritmo que coleta dados de usuários e é usado para publicidade

Android: acusação é sobre código que identifica atividade de usuários usado pelo mercado publicitário (Smith Collection/Gado/Getty Images)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 8 de abril de 2021 às 11h11.

Um grupo de ativistas pela privacidade protocolou um processo na Justiça francesa alegando que o Google estaria usando o sistema operacional Android para rastrear usuários ilegalmente, sem o consentimento dos usuários.

O grupo, chamado de Noyb (acrônimo deNone of your business, "não é da sua conta", em tradução livre) afirma que a empresa viola a legislação europeia ao utilizar códigos que permitem a aplicativos e ao Google rastrear a atividade de usuários nos aparelhos da empresa.

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Esses códigos são usados no mercado publicitário para melhorar direcionamento de anúncios, permitindo que eles sejam apresentados para os usuários que mais teriam interesse neles.

Um dos ativistas vinculados à acusação francesa, o austíaco Max Schrems também protocolou uma reclação formal aos órgãos de privacida da Áustria, afirmando que é impossível deletar as informações recolhidas pelo identificador do Google no Android.

O processo do grupo vem em meio à chegada de uma nova definição dos sistemas da Apple , que, quando for atualizado nos próximos dias, irá começar a solicitar autorização dos usuários antes de compartilhar identificadores desse tipo com outras empresas e apps.

A iniciativa da Apple vem sendo encarada como uma mudança grande para o mercado de apps, que terá dificuldade em direcionar publicidade aos usuários e pode ter ganhos reduzidos diante disso.

Um dos principais críticos da mudança na Apple é o Facebook, que ocupa lugar de destaqueno mercado de publicidade digital. A rede social foi uma das primeiros a levantar a bandeira contra a mudança anunciada pela Apple.

O Facebook usa algoritmos e ferramentas avançadas para entender hábitos de consumo e direcionar publicidade a usuários. A empresa argumenta que remover a capacidade de rastrear usuários irá prejudicar principalmente os pequenos anunciantes que se beneficiam de maior assertividade nos algoritmos, e beneficiar negócios que exigem pagamentos, como os modelos de assinatura.

 

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