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Lucas Agrela
Publicado em 26 de março de 2018 às 18h52.
Última atualização em 27 de março de 2018 às 07h19.
O CEO do Google, Sundar Pichai, projeta que a China terá papel fundamental no campo da inteligência artificial e continua expandindo a equipe do gigante de buscas no país apesar de muitos serviços da empresa estarem bloqueados.
“A China já está desempenhando um papel importante no sentido de como a IA moldará nossos futuros”, disse Pichai, no China Development Forum, um evento anual, em Pequim. “Quando construímos juntos, temos melhores ideias mais rapidamente.”
O Google tem investido em startups chinesas, formou aliança para patentes com a Tencent Holdings e está promovendo o uso de suas ferramentas TensorFlow AI no país apesar de serviços importantes, como os de buscas e e-mail, continuarem bloqueados. A empresa com sede em Mountain View, Califórnia, abriu recentemente um laboratório de pesquisa em Pequim focado em IA, um campo florescente, mas que gera tensões entre China e EUA.
“Já temos uma pequena equipe fazendo pesquisas lá e esperamos expandi-la”, disse Pichai à plateia da conferência, da qual participaram altos funcionários do governo e executivos como o CEO da Apple, Tim Cook.
Em 2010 o Google se recusou a censurar os resultados das buscas e os censores chineses da internet posteriormente bloquearam o acesso da empresa. Agora, o Google e o Facebook estão entre as gigantes estrangeiras que visitam regularmente o país em um esforço para tentar agradar o governo e recuperar o acesso a esse mercado rentável.
Para ilustrar a crescente capacidade da China, Pichai destacou o serviço de podcast Cast Box como um exemplo dos aplicativos locais que estão ganhando popularidade internacional.
O laboratório do Google faz parte de sua unidade de nuvem e a empresa sugeriu que está aberta a entrar com o negócio na China continental se tiver permissão.