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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - O fuso horário próximo ao dos mercados norte-americano e europeu pode ser um diferencial para as empresas brasileiras de desenvolvimento de software na hora de disputar mercado com concorrentes de países como China e Índia.
A teoria é do pesquisador Rafael Prikladnicki, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da PUC-RS. Segundo Prikladnicki, além de possuírem horários menos dispares, a maior proximidade cultural com europeus e norte-americanos e a criatividade do brasileiro são outros diferenciais na disputa pelo mercado.
A constatação foi feita após pesquisa com 15 empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e relatada no artigo "Does Time Zone Proximity Matter for Brazil? A Study of the Brazilian I.T. Industry", publicado em março deste ano.
Em seu trabalho, Prikladnicki explica que, apesar dos orçamentos menores ofertados por chineses e indianos, as empresas contratantes estão descontentes com a necessidade de comunicação pós-expediente. "Em muitos casos, os americanos estão cansados de terem de acordar durante a madrugada para falarem com as empresas prestadoras de serviço", diz ele.
Em relação ao mercado norte-americano, o fuso-horário brasileiro pode variar entre uma e quatro horas. Segundo o estudo, dos 23 casos analisados, o fator fuso-horário foi determinante em 25% dos casos.
Por outro lado, apenas cerca de 26% das empresas nacionais de TI utilizam a proximidade do fuso-horário como diferencial na hora de apresentarem suas propostas de negócio e orçamento.
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