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Fujifilm X10

Visto de frente, este modelo da Fujifilm lembra uma câmera fabricada há mais de 50 anos. Mas o jeitão retrô termina no belo design. Na parte traseira está o visor de LCD e os botões dedicados às funções mais importantes. Compacta e operada em modo automático, a X10 também traz uma série de controles manuais. […]

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 18h49.

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Visto de frente, este modelo da Fujifilm lembra uma câmera fabricada há mais de 50 anos. Mas o jeitão retrô termina no belo design. Na parte traseira está o visor de LCD e os botões dedicados às funções mais importantes. Compacta e operada em modo automático, a X10 também traz uma série de controles manuais. Por isso, consegue agradar tanto amadores como pessoas mais experientes em fotografia, que querem usar um modelo menor no dia a dia. Outro ponto positivo é sua lente, capaz de captar maior quantidade de luz em cenas mais escuras – o que diminui a necessidade de ativar o flash. O zoom, de 4 vezes, está na média das câmeras dessa categoria. As fotos feitas nos testes do INFOlab apresentaram cores bem equilibradas e boa qualidade. A X10 também conseguiu bom resultado ao gravar vídeos em alta definição (1080p). Conta ainda com visor óptico, mas é limitado e mostra apenas uma aproximação do que será registrado. O uso dos controles e menus poderia ser um pouco mais intuitivo.

Não sabemos como a Fujifilm conseguiu encaixar um sensor de 8,8 x 6,6 mm (2,3”) na diminuta X10, mas o fato é que ele está lá. À época de seu lançamento, esse era simplesmente o maior sensor já espremido em uma compacta. Mas não é somente pelo tamanho que esse CMOS se distingue: ele também utiliza a arquitetura EXR, presente em outros sensores CCD da Fujifilm.

Câmeras digitais interpretam a luz de uma cena através de um filtro de cor que é, essencialmente, um mosaico de polígonos vermelhos, azuis e verdes. Quase todas as máquinas atuais organizam seus filtros segundo a matriz de Bayer, que dispõe as cores em uma rede quadricular. A grade resultante tem uma formatação tal que entre dois pixels de determinada cor sempre há um pixel de cor diferente. Desviando da matriz de Bayer, o EXR da Fujifilm organiza a superfície fotossensível a fim de agrupar pixels de cor semelhante em pares, o que permite uma série de artimanhas fotográficas.

A X10 prevê duas maneiras de utilizar essa peculiaridade do sensor: os modos de exposição SN e DR. O primeiro objetiva melhorar a qualidade de fotos tiradas em ambientes pouco iluminados. Em vez de observar o sinal captado por cada pixel individual, a X10 combina as leituras de cada par de pixels. Como a área de cada unidade fotossensível é ampliada por esse processo, o ruído é amenizado na imagem final.

O segundo modo tem a finalidade de melhorar o desempenho da X10 em cenas com forte contraste entre luz e sombras. Para tanto, o sensor apaga prematuramente metade de seus pixels e posteriormente combina a imagem captada por cada metade em uma única foto. Em outras palavras, é como se a X10 fosse dividida em duas câmeras de 6 MP. Cada câmera, então, tira uma foto da mesma cena com tempos de exposição diferentes. Na sequência, as duas imagens são combinadas de tal modo que as partes mais iluminadas da cena provêm da foto tirada com câmera de obturador mais veloz e vice-versa.

A desvantagem implícita tanto ao modo SN quanto ao modo DR é que as fotos só podem ter resolução de 6 MP. O marketing da Fujifilm também alardeia um terceiro modo de exposição que resolveria esse problema, o HR. Porém, ele não é nada mais do que a X10 operando como uma câmera comum: cada pixel funciona como uma unidade fotossensível individual. Atuando como uma câmera de 12 MP, a X10 se beneficia das dimensões de seu sensor para arrefecer o ruído das fotos com ISO alto. Ainda assim, a perda de detalhe que já evidente a partir do ISO 800 torna-se muito comprometedora do ISO 1250 ao ISO 5000. Confira a seguir três fotos tiradas em estúdio com ISO 100, 800 e 1250, respectivamente. Cada foto é seguida de um corte da imagem em tamanho real.

A Fujinom agraciou a X10 com uma lente esplêndida. Tal adjetivo é consequente: com uma abertura de f2,0/2,8, essa é umas das lentes de compacta mais claras que já passou pelo INFOlab. Além de permitir que a X10 aproveite melhor a luz natural, ela também proporciona um alto grau de controle sobre a profundidade de campo, como se pode notar na foto macro postada abaixo.

Pode parecer pouco, mas outra vantagem dessa objetiva é o fato de que o zoom é manual, algo um tanto incomum entre as compactas. Embora a Fujifilm talvez tenha optado pelo zoom manual para economizar espaço, essa escolha também tem o efeito de conferir mais controle ao usuário sobre como usar a câmera.

Mais um ponto incomum da lente da X10 quando comparada à de outras compactas: ela é a responsável pela estabilização óptica. Existe uma certa celeuma entre os partidários da estabilização baseada nas lentes e os defensores da estabilização baseada no sensor. Como não cabe aqui discutir as vantagens de uma e outra, que baste dizer que os argumentos que tipicamente favorecem a estabilização baseada na objetiva não são válidos para a X10. Em primeiro lugar, o fato de que ela utiliza um EVF elimina qualquer preocupação quanto a discrepâncias entre a imagem captada pelo sensor e a imagem exibida pelo visor óptico. Em segundo lugar, a distância focal da X10 (28 – 112 mm) é limitada demais na faixa da teleobjetiva para impedir que o método de estabilização sensor-shift seja eficiente. De qualquer forma, o que importa é que a X10 não vai desertar na hora de tirar fotos com longo tempo de exposição.

Para alongar ainda mais a lista de prós da lente, podemos dizer que o autofoco é bem rápido. Aliás, trata-se também de um mecanismo muito silencioso, pois não se ouve ruído algum durante as filmagens com a câmera. O único defeito mais evidente da objetiva é a presença de um pouco de distorção geométrica nas fotos tiradas na faixa da grande angular, mas isso é perfeitamente normal.

Como era de se esperar de uma máquina com ares de profissional, a X10 oferece a opção de tirar fotos em Raw. Essas imagens podem ser posteriormente processadas na própria câmera. Os vídeos, por sua vez, são salvos em MP4. A X10 possui um slot de cartão de memória compatível com os formatos SD, SDHC e SDXC.

A tela LCD de 460.000 pixels parece até estar fora do lugar quando considerada no contexto do design a lá rangefinder da X10. Mas essa incongruência não impede que ela cumpra muito bem sua função. Já o EVF decepciona um pouco por conta da sua cobertura de apenas 80% da cena. Mesmo assim, sua inclusão é bem vinda pois um visor ocular ajuda muito na composição de cena.

Se há um problema de interface na X10, ele está no próprio corpo da câmera. Sim, o visual é muito atraente e o acabamento de liga de magnésio é uma raridade entre as compactas, mas o fato é que os controles físicos (e eles não são poucos) ficam amontoados no pouco espaço disponível. Além disso, a X10 também é pesada para uma compacta: são 349 g de câmera.

Ficha técnica

Pixels efetivos12 MP
Zoom óptico4x (28 a 112 mm)
Filmagem1080p
LCD2,8”
Peso349 g

Avaliação técnica

PrósDesign nostálgico; boa qualidade de imagem; grava vídeos em 1080p;
ContrasVisor óptico poderia ser melhor; usabilidade limitada pelo espaço escasso disponível para os controles;
ConclusãoCom um acabamento irrepreensível, um sensor excelente e uma ótima objetiva, a X10 é uma das melhores câmeras sem espelho do mercado;
Imagem8,3
Objetiva8,7
Visor7,6
Recursos8,4
Design7,9
Média8.3
Preço2999
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