Tecnologia

Firework é a aposta americana contra o TikTok

Aplicativo chega ao Brasil e promete auxiliar criadores de conteúdo amadores e profissionais

Firework: aplicativo de vídeo desenvolvido no Vale do Silício chega ao Brasil com expectativa de 1 milhão de usuários (Firework/Reprodução)

Firework: aplicativo de vídeo desenvolvido no Vale do Silício chega ao Brasil com expectativa de 1 milhão de usuários (Firework/Reprodução)

ME

Maria Eduarda Cury

Publicado em 26 de setembro de 2019 às 05h55.

Última atualização em 26 de setembro de 2019 às 05h55.

São Paulo - Inspirado em redes sociais como o TikTok, antes chamado de Musical.ly, o aplicativo americano Firework é um serviço de criação de conteúdo que transita entre o amador e o profissional - como o YouTube. Com sede na Califórnia, Estados Unidos, o aplicativo chega ao Brasil com a proposta de servir como uma rede de pequenos criadores, apesar de também oferecer espaço para grandes produtores de conteúdo - que já possuem público no país.

Com investimento de 11,6 milhões de dólares, a plataforma foi desenvolvida para entreter indivíduos que buscam por algum curto entretenimento durante os intervalos do dia - já que seus vídeos costumam ter de 6 até 30 segundos.

A linha do tempo da rede social, também chamada de feed, é organizada por inteligência artificial e algoritmos, de forma que o usuário vê em destaque os conteúdos de categorias que já demonstrou ter interesse, além de possuir uma página de explorar onde todas as categorias são exibidas. Confira abaixo uma representação da página de explorar do aplicativo:

Firework - vídeos - feed

(Firework/Reprodução)

Além disso, o aplicativo faz uso de sua própria tecnologia - chamada Reveal - que permite que o usuário escolha se quer assistir os vídeos na vertical ou na horizontal, além de disponibilizar as opções de dar zoom e adicionar filtros.

Portanto, não importa em qual formato o usuário gravar o vídeo, quem for consumir o conteúdo poderá escolher de qual maneira prefere assisti-lo. Desenvolvido no Vale do Silício, o Firework já é bastante utilizado nos Estados Unidos Ele tem um estúdio próprio em Hollywood, e já realizou parcerias com artistas como o rapper Flo Rida e a atriz Jordyn Jones, da Disney.

No Brasil, o Firework tem estúdios localizados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e todos os projetos produzidos neles são feitos com recursos da própria startup - cinegrafistas, roteiristas, diretores e outros profissionais que estejam relacionados com produção de vídeo.

Apesar das similaridades com o YouTube - que também auxilia seus principais criadores em questões de produção - Lucas Alves, diretor do aplicativo no país, disse em entrevista a EXAME que a intenção não é competir com a maior plataforma de vídeos, de modo que o aplicativo foi pensado para ser utilizado como um curto passatempo.

A motivação para a criação do aplicativo, de acordo com Alves, é o grande consumo de vídeos em um formato curto e rápido, febre que teve início com o aplicativo Vine, que surgiu no começo da década nos Estados Unidos, e rapidamente se espalhou pelo mundo inteiro.

O diretor da startup acredita que o seu aplicativo, por misturar conceitos de vídeos profissionais e amadores, pode ser mais bem recebido pelos brasileiros do que aqueles que são feitos de forma puramente amadora. Por conta disso, o Firework aposta em nomes já estabelecidos do mercado de influenciadores. A startup tem parcerias com alguns dos criadores de conteúdo mais relevantes no YouTube, como Rezende Evil, que grava de vídeos sobre games e tem mais de 24 milhões de inscritos.

O aplicativo conta com funções já utilizadas por outras redes sociais - como uma linha do tempo corrida, igual ao Instagram -, listas de vídeos - similar ao Twitter, porém no Firework a escolha é realizada por inteligência artificial -, e o usuário pode adicionar vídeos que goste ao seu perfil com a opção de "repostar", igual ao compartilhamento do Facebook. Além dessas opções de divisão, as categorias do aplicativo também são organizadas por áreas - como esporte, dança, arte - em hashtags.

Uma diferença do Firework em relação aos seus principais rivais é que o aplicativo americano permite que criadores se inscrevam para ter seus vídeos monetizados em função de visualizações. A escolha, porém, é restrita: o criador precisa um dos parceiros selecionados pela startup dona do aplicativo. Caso a inscrição seja aprovada, o Firework torna o produtor de conteúdo um colaborador oficial e o aproxima de seus fãs, por meio de um grupo público de conversa - as mensagens do influenciador ficam em destaque - que também é monetizado.

O Firework almeja alcançar 1 milhão de usuários brasileiros até o fim do ano - mundialmente, o aplicativo possui mais de 3 milhões de usuários. O app está disponível para baixar no Google Play, para dispositivos Android e na App Store, para dispositivos Apple.

Acompanhe tudo sobre:AppsApps AndroidApps para iPhoneBrasilEstados Unidos (EUA)vale-do-silicioVídeosYouTube

Mais de Tecnologia

Qualcomm vence disputa judicial contra Arm e poderá usar licenciamentos da Nuvia

China constrói 1.200 fábricas inteligentes avançadas e instala mais de 4 milhões de estações base 5G

Lilium, de aviões elétricos, encerra operações após falência e demissão de 1.000 funcionários

Google cortou 10% dos cargos executivos ao longo dos anos, diz site