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Falta de projetor 3D pode atrapalhar cinemas

Tóquio - Filmes em 3D como Avatar, de James Cameron, abriram um novo capítulo para o setor de projetores cinematográficos, mas um final feliz dependerá da capacidade das empresas para produzi-los com a rapidez requea. "O desafio não estará no número de unidades vendidas, mas no número de unidades produzidas", disse Eric Van Zelle, CEO […]

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2010 às 15h33.

Tóquio - Filmes em 3D como Avatar, de James Cameron, abriram um novo capítulo para o setor de projetores cinematográficos, mas um final feliz dependerá da capacidade das empresas para produzi-los com a rapidez requea.

"O desafio não estará no número de unidades vendidas, mas no número de unidades produzidas", disse Eric Van Zelle, CEO da Barco, uma fabricante belga de projetores digitais.

Cerca de 85% das telas mundiais de cinema ainda não estão equipadas com projetores digitais.

A Dodona, uma companhia britânica de pesquisa cinematográfica, estima que existam 115 mil telas de cinema nos 57 países que ela acompanha em todo o mundo. As estimativas quanto ao número de telas equipadas com projetores digitais em 2009 variavam de 13 mil a 17 mil.

A Barco acredita que possa faturar 150 milhões de euros (230,6 milhões de dólares) com o cinema digital em 2010.

No entanto, as companhias podem ter de adiar seus planos de crescimento a não ser que consigam eliminar os gargalos de suprimento causados por fornecedores de componentes. As empresas pequenas e de capital fechado que produzem placas de circuito, dispositivos óticos e chips especializados vêm enfrentando dificuldades para atender à demanda recente do segmento de cinema digital.

No quarto trimestre de 2009, a Barco realizou embarques de projetores no valor de 36 milhões de euros, mas poderia ter aumentado sua receita em 40%. "Poderíamos facilmente ter embarcado entre 10 milhões e 15 milhões de euros adicionais caso dispuséssemos de componentes suficientes", disse um porta-voz do grupo.

Arnaud Gossens, analista do ING, afirmou que "no quarto trimestre de 2009, o seu melhor em termos de vendas e entregas, estimo que a Barco tenha embarcado cerca de mil projetores, e isso reflete de bem perto sua capacidade máxima."

"Se multiplicarmos isso por quatro, temos pouco mais de quatro mil, de modo que cinco mil ao ano seria o limite máximo," ele diz.

Mesmo assim, a Barco anunciou no mês passado que 2009 foi seu melhor ano em termos de cinema digital, com alta de mais de 100% nas vendas de projetores, e acrescentou que planejava expandir sua linha em 2010.

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