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Facebook muda regras de publicidade antes de depoimento nos EUA

Empresa está envolvida nos imbróglios sobre interferência da Rússia nas eleições presidenciais dos EUA

Facebook (Dado Ruvic/Reuters)

Facebook (Dado Ruvic/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2017 às 11h02.

Washington - Sob pressão antes de depoimentos sobre a suposta interferência da Rússia na eleição presidencial americana do ano passado, o Facebook está se movendo para aumentar a transparência em relação a publicidade de cunho político na plataforma.

Executivos da empresa de redes sociais afirmara, nesta sexta-feira, que verificarão os compradores de anúncios políticos em eleições federais, exigindo que eles revelem nomes e locais corretos e criem novos gráficos, onde os usuários possam clicar nos anúncios e descobrir mais sobre quem está por trás deles.

Mais amplamente, o vice-presidente do Facebook, Rob Goldan, que é responsável pelos produtos publicitários, disse que a empresa está criando novas ferramentas de transparência nas quais todos os anunciantes, mesmo aqueles que não são políticos, estejam associados a uma página e os usuários possam clicar em um link para verem todos os anúncios que aquele anunciante executa. Além disso, os usuários também poderão ver todos os anúncios pagos pelos anunciantes, independentemente das peças terem ou não sido direcionadas a eles.

O movimento ocorre após a empresa ter reconhecido que havia encontrado mais de 3 mil anúncios ligados á Rússia que se concentraram em questões sociais divisórias dos EUA e foram vistos por cerca de 10 milhões de pessoas antes e depois da eleição presidencial americana do ano passado.

Com isso, Facebook, Twitter e Google irão depor no Congresso na próxima terça e quarta-feira sobre como as plataformas foram utilizadas pela Rússia ou outros atores estrangeiros na campanha eleitoral.

Os comitês de Inteligência do Senado e da Câmara e o Comitê Judiciário do Senado realizarão audiências como parte de suas investigações sobre a interferência russa na eleição.

Fonte: Associated Press.

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