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Extradição de Assange à Suécia será difícil, diz especialista

O fato de a Suécia não ter formulado uma acusação criminal contra o fundador do WikiLeaks deve ajudar a defesa

Simpatizantes do WikiLeaks na Austrália: Assange deve ficar preso até terça (14/12) (Marc Grimwade/Getty Images)

Simpatizantes do WikiLeaks na Austrália: Assange deve ficar preso até terça (14/12) (Marc Grimwade/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 08h59.

Londres - A Suécia vai penar para conseguir a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pelos supostos delitos de assédio sexual, indicou um especialista em extradições britânico.

Raj Joshi, ex-chefe da divisão europeia e internacional da Promotoria da Coroa britânica, explica que o fato de a Suécia não ter formulado acusação criminal contra Assange facilitará a tarefa dos defensores.

Os advogados de Assange o visitarão nesta quinta-feira na prisão de Wandsworth, ao sul de Londres, na qual está desde sua detenção na terça-feira a pedido da promotoria sueca, que quer interrogá-lo após as denúncias apresentadas por duas mulheres desse país que dizem terem sido suas vítimas.

A defesa de Assange perguntará "como é possível que sua conduta equivalha a um delito extraordinário se o promotor (sueco) não acredita sequer que haja provas suficientes para acusá-lo formalmente, e isso não mudou", acrescentou o analista.

Enquanto isso, um grupo britânico a favor da condenação de violadores questionou os motivos do "zelo nada habitual" no Reino Unido a Assange, um cidadão australiano, por acusações de assédio sexual formuladas na Suécia.

Em carta ao jornal "The Guardian", Katrin Axelsson, do grupo de defesa de mulheres que combatem as violações, explica que o normal no Reino Unido é que conceder liberdade após o pagamento de fiança às pessoas acusadas desse tipo de delitos.

Assange deve permanecer preso até a próxima terça-feira, 14 de dezembro, quando seus advogados tentarão que o juiz o coloque em liberdade pagando fiança.

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