Extinção: 8 animais surpreendentes que sumiram do planeta
Quase 200 nações se reúnem até 19 de outubro na COP11, na Índia, para avaliar o progresso em direção às metas para proteger a vida na Terra. Veja a seguir algumas espécies que já passaram por aqui e desapareceram, em grande medida, devido à ação humana
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h11.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h16.
A atualização mais recente da Lista Vermelha de espécies ameaçadas compiladas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) trouxe más notícias: o rinoceronte negro Africano (Diceros bicornis longipes), subespécie que tinha como habitat Camarões na África ocidental, foi oficialmente declarado extinta em 2011. O motivo? Excesso de caça para vender seus chifres no mercado negro, aos quais são atribuídos propriedades terapêuticas no tratamento do câncer, embora não haja comprovação científica.
Última tartaruga gigante da subespécie Chelonoidis nigra abingdon, que dão nome às ilhas Galápagos, do Equador, o mundialmente famoso “Jorge Solitário” morreu em junho deste ano, aos 100 anos de idade. Outras espécies de tartaruga da ilha também estão sob risco, devido à baixa taxa de crescimento da população, a maturidade sexual tardia e o endemismo da espécie.
Nativo da Austrália e Nova Guiné, o Lobo da Tasmânia é considerado o maior marsupial conhecido dos tempos modernos. Ele foi extinto em torno de 1930, em grande medida pela ação indiscriminada de caçadores e perda de habitat devido à ocupação humana. O animal tinha locomoção firme e um tanto esquisita, impossibilitando-o de correr em alta velocidade. Podia também realizar um salto bípede, de uma forma similar à do canguru. Pelo fato de ter sumido há tão pouco tempo, muitos espécimes mantém-se preservados em museus mundo a fora.
A subespécie de cabra bucardo (Capra pyrenaicatem) tem uma das histórias mais interessantes entre os animais extintos, uma vez que foi a primeira espécie a ser “ressuscitada” por meio de clonagem, em 2003, morrendo apenas sete minutos depois de seu nascimento por insuficiência pulmonar. Ele era natural da cordilheira dos Pireneus, situada entre Andorra, França e Espanha. Sua população foi reduzida devido a uma perseguição lenta, mas contínua, desaparecendo em meados do século XIX. No final dos anos 80, a população foi estimada entre 6 e 14 indivíduos. O último a nascer naturalmente morreu em 6 de janeiro de 2000, aos 13 anos.
O pardal marinho Ammodramus maritimus nigrescens era uma subespécie não migratória encontrada no sul da Flórida, nas salinas naturais de Merritt Island e ao longo do rio St. Johns. O último indíviduo conhecido morreu em 17 de junho de 1987, mas só em 1990 o animal foi delcarado oficialmente extinto. A população começou a declinar em 1940, quando as autoridades locais passaram a pulverizar a região pantanosa com pesticida, para controle dos moquitos. Na ocasião, o veneno contaminou a cadeia alimentar das aves, que passou de 2 mil casais para 600 pares.
Os Tigres de Java eram uma subespécie do felino que viviam na ilha indonésia de Java. No início do século XIX, eles eram tão comuns em algumas áreas que chegaram a ser considerados pragas. Mas, com o aumento da população humana, grande parte da ilha tornou-se áreas de cultivo, resultando em uma redução grave no habitat natural do animal. Para se livrar do perigo, os homens caçavam os tigres a fim de matá-los. O último espécime foi observado em 1972.
Espécie descoberta por Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à América, em 1494, a foca-monge-caribenha foi declarada oficialmente extinta em 1952. Sobre ela escreveu o navegador: “eu descobri um tipo maravilhoso de foca, são médias, tímidas e aparentemente têm boa pele, o que dá pra fazer casacos, esta ilha é cheia de charme”. Daí em diante, o animal foi explorado como fonte de alimento e principalmente para obter sua banha, usada para iluminação e lubrificação.
Nativa da Nova Zelândia, essa ave de plumagem preta, com a ponta das asas e cauda branca, e papos laterais de cor laranja foi extinta no início do século XX. Sua caça desenfreada foi motivada por interesse econômicos e comerciais, mas também por um crença de que toda a flora e fauna da colônia neozelandesa eram ruins e deveriam ser substituídas por variedades dos demais ecossistemas europeus. O último registro visual confirmado da Huia ocorreu em 1907. As fêmeas possuíam bicos longos e curvados enquanto nos machos era curto.