Tecnologia

Ex-parceiros do WikiLeaks condenam divulgação de mensagens

Jornais que trabalharam com o site na divulgação de documentos secretos criticaram a decisão de Julian Assange de publicar material sem edição

Os jornais The Guardian, New York Times, El País e Le Monde e a revista Der Spiegel criticaram o WikiLeaks (Joe Raedle/Getty Images)

Os jornais The Guardian, New York Times, El País e Le Monde e a revista Der Spiegel criticaram o WikiLeaks (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 22h11.

Washington - Cinco proeminentes organizações de notícias que colaboraram com o WikiLeaks condenaram o website e seu fundador, Julian Assange, pela divulgação de cópias não editadas de mais de 250.000 mensagens diplomáticas dos Estados Unidos.

O jornal londrino The Guardian, o New York Times, a revista Der Spiegel, o espanhol El País e o francês Le Monde emitiram um comunicado conjunto nesta sexta-feira lamentando a decisão do WikiLeaks de publicar "mensagens não editadas do Departamento de Estado, que podem colocar fontes em risco".

Em mensagem divulgada no Twitter, que acredita-se ser controlado pessoalmente por Assange, o WikiLeaks confirmou na sexta-feira que havia divulgado "251.287 mensagens da embaixada norte-americana em formato que pode ser encontrado".

No começo da semana, o WikiLeaks emitiu um longo comunicado acusando um jornalista do Guardian e um ex-porta-voz do WikiLeaks de terem "negligenciadamente" divulgado senhas ultra-secretas para uma cópia da base de dados de mensagens que estavam disponíveis na Internet sem ninguém perceber durante meses.

De sua parte, o Guardian afirmou que "rejeita totalmente qualquer sugestão de que é responsável pela divulgação das mensagens não editadas".

O editor do New York Times Bill Keller disse à Reuters que "nós nunca nos enganamos de que tínhamos qualquer controle sobre o comportamento do WikiLeaks, e nós já tomamos as dores por termos mantido o relacionamento... é triste que -- seja por uma vontade de atenção ou uma doutrina absolutista de 'transparência', ou algum motivo maligno, não posso julgar -- o WikiLeaks tenha decidido por esse caminho irresponsável".

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