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Eurodeputados querem explicações dos EUA por exigência de dados ao Twitter

Governo amerricano que dados para averiguar a ligação de internautas com o WikiLeaks; europeus consideram que medida pode ir contra direito a privacidade

Políticos do continente querem que o assunto seja debtaido no Parlamento Europeu (Patrick Hertzog/AFP)

Políticos do continente querem que o assunto seja debtaido no Parlamento Europeu (Patrick Hertzog/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 15h30.

Bruxelas - O Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, partido atuante no Parlamento Europeu (PE), decidiu solicitar à Comissão Europeia - órgão executivo da União Europeia (UE) - que peça explicações aos Estados Unidos sobre a exigência da Justiça americana ao Twitter sobre informações da conta do site WikiLeaks no microblog.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o grupo também deve propor que o assunto seja debatido no plenário do Parlamento Europeu para examinar se a solicitação americana descumpre as normas europeias de proteção de dados.

"A UE deveria pedir de forma urgente esclarecimentos às autoridades americanas", opinou a eurodeputada holandesa Sophie In't Veld, referindo-se à exigência da Justiça dos EUA ao Twitter sobre detalhes pessoais de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, e de vários simpatizantes deste site.

Para o parlamentar, a Comissão deveria explicar se as normas europeias foram violadas e se as autoridades dos EUA têm jurisdição para determinar a suspensão dos direitos de privacidade de cidadãos europeus.

"A ausência de um ato ilegal identificado e de uma investigação judicial nos Estados Unidos projeta uma sombra sobre todo o processo", assinalou a coordenadora do partido na comissão de Liberdades e Justiça do PE, Renate Weber.

Como foi revelado na semana passada, um tribunal da Virgínia exigiu em 14 de dezembro ao Twitter que a rede social entregue informações de Assange e de Bradley Manning, o soldado acusado de ser a fonte do WikiLeaks no recente vazamento de telegramas secretos da diplomacia americana.

Além deles dois, a parlamentar islandesa Birgitta Jonsdottir, simpatizante do WikiLeaks, também teve informações solicitadas pelo tribunal ao Twitter.

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