EUA se preparam para próxima geração da TV digital
Ideia é viabilizar as transmissões para dispositivos móveis e as transmissões em 4K em três ou quatro anos
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2013 às 11h08.
Las Vegas - Há aproximadamente quatro anos os Estados Unidos terminavam o período de transição da TV analógica para a digital. Hoje, começam a adotar na TV aberta um padrão de transmissão para dispositivos móveis, que atualmente chega a cerca 25 grandes cidades do país.
Em três ou quatro anos, o país pode passar por outra grande mudança, com a adoção de um padrão ATSC 3.0. Em debate sobre o futuro da TV aberta que aconteceu no NAB Show 2013, que acontece nesta semana em Las Vegas, Kevin Gage, vice-presidente e CTO da NAB, principal associação de radiodifusores dos EUA, afirmou que o ATSC deve ter as especificações da nova versão do padrão em 2016.
A ideia, em princípio, é viabilizar as transmissões para dispositivos móveis e as transmissões em 4K. No entanto, o trabalho desenvolvido é para garantir mais flexibilidade ao padrão. "O 4k é um dos modelos viáveis de negócios, mas não o único. O mais importante é ter uma plataforma que possa se adaptar rapidamente às novas demandas do setor", disse Gage.
Para Erik Moreno, vice-presidente sênior de desenvolvimento da Fox, começar a trabalhar em padrão 4K é precipitado. "Qual é o modelo de negócios? Nós precisamos conversar nos próximos meses sobre isso. Esta (o modelo de negócios) é a peça mais importante no desenvolvimento da nova TV", disse o executivo.
Moreno lembrou que hoje a radiodifusão conta com dois modelos de negócios, a venda de publicidade e o licenciamento do sinal e do conteúdo (para afiliadas, operadores de TV paga, OTT etc.). "Nós não estamos monetizando o espectro", disse.
Ele lembrou que a Verizon vem trabalhando no desenvolvimento de uma rede híbrida de broadcast/IP para a distribuição de conteúdo móvel. "Isto é bom, eles estão inovando. Nós (o setor de mídia) deveríamos estar fazendo o mesmo. Nós temos que ser mais rápidos que eles", disse Moreno.
Gage e Moreno concordam que o 4K é importante para a radiodifusão manter sua relevância, frente à concorrência com outras mídias. No entanto, ambos afirmam que, no momento, a transmissão móvel é o recurso mais importante de ser implementado, uma vez que traz uma nova fonte de receita.
Conta
Para Erik Moreno, há um investimento grande a ser feito pela radiodifusão na transição para padrão 3.0 e, segundo ele, é um investimento mandatório. No entanto, há uma parte da conta que ainda não se sabe como será paga.
Na transição do analógico para o digital, o dividendo digital garantiu recursos ao governo para subsidiar a compra de caixas receptoras de TV digital para a população de baixa renda.
Na atual transição para incluir a capacidade de transmissão para dispositivos móveis, ao ATSC, não há legado. As transmissões no novo padrão são compatíveis com a base instalada de receptores de TV.
No entanto, na evolução prevista para acontecer em médio prazo, será necessário interromper as transmissões em um padrão e iniciar as transmissões em outro, sem a possibilidade de usar os dois simultaneamente, uma vez que não há mais espectro disponível.
Las Vegas - Há aproximadamente quatro anos os Estados Unidos terminavam o período de transição da TV analógica para a digital. Hoje, começam a adotar na TV aberta um padrão de transmissão para dispositivos móveis, que atualmente chega a cerca 25 grandes cidades do país.
Em três ou quatro anos, o país pode passar por outra grande mudança, com a adoção de um padrão ATSC 3.0. Em debate sobre o futuro da TV aberta que aconteceu no NAB Show 2013, que acontece nesta semana em Las Vegas, Kevin Gage, vice-presidente e CTO da NAB, principal associação de radiodifusores dos EUA, afirmou que o ATSC deve ter as especificações da nova versão do padrão em 2016.
A ideia, em princípio, é viabilizar as transmissões para dispositivos móveis e as transmissões em 4K. No entanto, o trabalho desenvolvido é para garantir mais flexibilidade ao padrão. "O 4k é um dos modelos viáveis de negócios, mas não o único. O mais importante é ter uma plataforma que possa se adaptar rapidamente às novas demandas do setor", disse Gage.
Para Erik Moreno, vice-presidente sênior de desenvolvimento da Fox, começar a trabalhar em padrão 4K é precipitado. "Qual é o modelo de negócios? Nós precisamos conversar nos próximos meses sobre isso. Esta (o modelo de negócios) é a peça mais importante no desenvolvimento da nova TV", disse o executivo.
Moreno lembrou que hoje a radiodifusão conta com dois modelos de negócios, a venda de publicidade e o licenciamento do sinal e do conteúdo (para afiliadas, operadores de TV paga, OTT etc.). "Nós não estamos monetizando o espectro", disse.
Ele lembrou que a Verizon vem trabalhando no desenvolvimento de uma rede híbrida de broadcast/IP para a distribuição de conteúdo móvel. "Isto é bom, eles estão inovando. Nós (o setor de mídia) deveríamos estar fazendo o mesmo. Nós temos que ser mais rápidos que eles", disse Moreno.
Gage e Moreno concordam que o 4K é importante para a radiodifusão manter sua relevância, frente à concorrência com outras mídias. No entanto, ambos afirmam que, no momento, a transmissão móvel é o recurso mais importante de ser implementado, uma vez que traz uma nova fonte de receita.
Conta
Para Erik Moreno, há um investimento grande a ser feito pela radiodifusão na transição para padrão 3.0 e, segundo ele, é um investimento mandatório. No entanto, há uma parte da conta que ainda não se sabe como será paga.
Na transição do analógico para o digital, o dividendo digital garantiu recursos ao governo para subsidiar a compra de caixas receptoras de TV digital para a população de baixa renda.
Na atual transição para incluir a capacidade de transmissão para dispositivos móveis, ao ATSC, não há legado. As transmissões no novo padrão são compatíveis com a base instalada de receptores de TV.
No entanto, na evolução prevista para acontecer em médio prazo, será necessário interromper as transmissões em um padrão e iniciar as transmissões em outro, sem a possibilidade de usar os dois simultaneamente, uma vez que não há mais espectro disponível.