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Estudo revela segredos dos trending topics do Twitter

Uma pesquisa do HP Labs aponta que a mídia tradicional é quem mais influencia a lista dos tópicos mais comentados no Twitter

Veículos de imprensa tradicionais, como o jornal The New York Times, têm grande influência no Twitter, diz o estudo (Mario Tama / Getty Images)

Maurício Grego

Publicado em 1 de abril de 2011 às 06h00.

São Paulo — Para quem faz uma ação de marketing no Twitter, o objetivo é sempre fazer o tema tratado aparecer entre os trending topics, a lista de assuntos mais comentados no site. Mas chegar lá não é fácil. O HP Labs, divisão de pesquisa da HP, fez um estudo para determinar quais são os fatores que levam um tema a entrar nessa lista. Uma das conclusões é que assuntos mencionados por grandes veículos de imprensa, como CNN e The New York Times, têm mais chances de ir parar lá.

O estudo do HP Labs usou métodos estatísticos para determinar o caminho de um assunto em direção à lista dos mais citados. Bernardo Huberman, diretor do grupo de pesquisas em computação social do HP Labs, coordenou a equipe que analisou mais de 16 milhões de tuítes de 3 mil trending topics diferentes, entre setembro e outubro de 2010. Dessa análise, emergiram padrões que revelam o caminho rumo ao topo.

Uma das surpresas reveladas pelo estudo é que a quantidade de tuítes que o usuário publica e o número de seguidores que ele tem são fatores pouco importantes nesse processo. Em outras palavras, o fato de um tuiteiro ter muitos seguidores ou de tuitar com muita frequência não aumenta muito as chances de ele escrever algo que vá parar entre os trending topics.

Ressonância social

A ascensão rumo aos trending topics envolve um processo de ressonância. O tuíte começa a provocar um grande número de retuítes e respostas. Ele também passa a se propagar em outros sites, como o Facebook. Cada nova citação do tema, por sua vez, gera outras. Esse processo se repete seguidas vezes, fazendo o número de menções crescer exponencialmente.


O pessoal do HP Labs elaborou uma lista dos tuiteiros que foram mais influentes no período estudado. O critério de classificação é a quantidade de retuítes obtida por tuíte publicado. Nessa relação, há muitos nomes da imprensa tradicional, como CNN, The New York Times, Washington Post, BBC e El País.

As pessoas parecem considerar essas fontes de informação confiáveis e se sentem mais inclinadas a retuitar o que elas publicam. Assim, elas têm chances maiores de iniciar o processo de ressonância rumo aos trending topics. Mas há alguns nomes que desafiam essa regra. Na lista dos tuiteiros mais influentes, aparece, em primeiro lugar, o brasileiro @Vovo_Panico, um perfil nada sério.

Permanência x decadência

O pessoal do HP Labs observou que a maioria dos trending topics permanece na lista entre 20 e 40 minutos apenas, enquanto alguns poucos conseguem figurar nela por um período mais longo. Naturalmente, há um processo de competição entre os tópicos. Para que um deles entre na lista, é preciso que um outro saia dela. Como há sempre temas em ascensão, a tendência é que a lista se renove com rapidez.

Um detalhe curioso é que, segundo o estudo, 34% dos tópicos voltam à lista depois de ter saído dela. Uma razão para isso, dizem os pesquisadores, está nas diferenças de fuso horário entre as cidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, um tópico pode entrar para a lista quando é manhã em Nova York, sair dela em seguida, e voltar horas depois, quando amanhece em Los Angeles. Também é comum um termo entrar para a lista à noite, sair dela e retornar de manhã, quando muitas pessoas acordam e entram no Twitter.

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São Paulo — Para quem faz uma ação de marketing no Twitter, o objetivo é sempre fazer o tema tratado aparecer entre os trending topics, a lista de assuntos mais comentados no site. Mas chegar lá não é fácil. O HP Labs, divisão de pesquisa da HP, fez um estudo para determinar quais são os fatores que levam um tema a entrar nessa lista. Uma das conclusões é que assuntos mencionados por grandes veículos de imprensa, como CNN e The New York Times, têm mais chances de ir parar lá.

O estudo do HP Labs usou métodos estatísticos para determinar o caminho de um assunto em direção à lista dos mais citados. Bernardo Huberman, diretor do grupo de pesquisas em computação social do HP Labs, coordenou a equipe que analisou mais de 16 milhões de tuítes de 3 mil trending topics diferentes, entre setembro e outubro de 2010. Dessa análise, emergiram padrões que revelam o caminho rumo ao topo.

Uma das surpresas reveladas pelo estudo é que a quantidade de tuítes que o usuário publica e o número de seguidores que ele tem são fatores pouco importantes nesse processo. Em outras palavras, o fato de um tuiteiro ter muitos seguidores ou de tuitar com muita frequência não aumenta muito as chances de ele escrever algo que vá parar entre os trending topics.

Ressonância social

A ascensão rumo aos trending topics envolve um processo de ressonância. O tuíte começa a provocar um grande número de retuítes e respostas. Ele também passa a se propagar em outros sites, como o Facebook. Cada nova citação do tema, por sua vez, gera outras. Esse processo se repete seguidas vezes, fazendo o número de menções crescer exponencialmente.


O pessoal do HP Labs elaborou uma lista dos tuiteiros que foram mais influentes no período estudado. O critério de classificação é a quantidade de retuítes obtida por tuíte publicado. Nessa relação, há muitos nomes da imprensa tradicional, como CNN, The New York Times, Washington Post, BBC e El País.

As pessoas parecem considerar essas fontes de informação confiáveis e se sentem mais inclinadas a retuitar o que elas publicam. Assim, elas têm chances maiores de iniciar o processo de ressonância rumo aos trending topics. Mas há alguns nomes que desafiam essa regra. Na lista dos tuiteiros mais influentes, aparece, em primeiro lugar, o brasileiro @Vovo_Panico, um perfil nada sério.

Permanência x decadência

O pessoal do HP Labs observou que a maioria dos trending topics permanece na lista entre 20 e 40 minutos apenas, enquanto alguns poucos conseguem figurar nela por um período mais longo. Naturalmente, há um processo de competição entre os tópicos. Para que um deles entre na lista, é preciso que um outro saia dela. Como há sempre temas em ascensão, a tendência é que a lista se renove com rapidez.

Um detalhe curioso é que, segundo o estudo, 34% dos tópicos voltam à lista depois de ter saído dela. Uma razão para isso, dizem os pesquisadores, está nas diferenças de fuso horário entre as cidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, um tópico pode entrar para a lista quando é manhã em Nova York, sair dela em seguida, e voltar horas depois, quando amanhece em Los Angeles. Também é comum um termo entrar para a lista à noite, sair dela e retornar de manhã, quando muitas pessoas acordam e entram no Twitter.

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