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Estudo descarta benefícios do Ômega-3 contra declínio cognitivo

Ao contrário da crença popular, nós não encontramos nenhum benefício no Ômega-3 em parar o declínio cognitivo

Omega 3 (Getty Images)

Omega 3 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 10h23.

Suplementos à base de óleo de peixe ricos em ácidos graxos Ômega-3 não protegem contra declínio da atividade mental, contrariando uma crença popular, segundo um estudo feito com quatro mil idosos, divulgado nesta terça-feira. O estudo clínico de 5 anos de duração, publicado no Jornal da Associação Médica Americana, é "um dos maiores já feitos na área", de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Americano, que financiou a pesquisa.

"Ao contrário da crença popular, nós não encontramos nenhum benefício no Ômega-3 em parar o declínio cognitivo", afirmou a autora da pesquisa, Emily Chew, diretora clínica na Instituto Nacional do Olho.

Os ácidos-graxos Ômega-3 são encontrados em óleos de peixe e as pessoas que consomem com regularidade pescados salmão, atum e linguado apresentaram melhor saúde ocular, cardíaca e cerebral em comparação com quem não consume estes alimentos.

Porém, consumir os óleos em forma de pílulas não é a mesma coisa. Um estudo em 2011 mostrou que suplementos de Ômega-3 não melhoravam a saúde do cérebro de pacientes idosos com doenças de coração pré-existentes.

O estudo atual foi feito com pessoas com perdas de visão comum, chamada degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Os pacientes tinham em média 72 anos e 58% eram mulheres.

Eles foram selecionados aleatoriamente para tomar ou um placebo ou pílulas com ácidos-graxos Ômega-3, especialmente ácido docosa-hexaenoico e o ácido eicosapentaenoico.

Os participantes foram submetidos a testes cognitivos e de memória no começo do estudo e então novamente 2 e 4 anos depois.

"Os níveis cognitivos de cada grupo decaíram de forma similar com o tempo, indicando que nenhuma combinação de suplementos nutricionais fez alguma diferença", destacou o estudo.

Aproximadamente 47 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência, um número que deverá atingir os 131,5 milhões em 2050, de acordo com o Instituto Internacional do Alzheimer.

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