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Ericsson mostra vidro inteligente no Mobile World Congress

A Ericsson embutiu sensores e antenas transparentes no vidro para construir janelas inteligentes que ela está apresentando no Mobile World Congress 2013

O vidro inteligente poderá ser usado em residências, escritórios, ônibus e trens (Ericsson)

Maurício Grego

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 10h57.

São Paulo — Um projeto da Ericsson apresentado no Mobile World Congress 2013, em Barcelona, mostra o que acontece quando sensores, antenas e circuitos eletrônicos são embutidos no vidro das janelas. Para a empresa, isso vai permitir distribuir antenas pelo ambiente para melhorar o acesso sem fio à internet.

A Ericsson vê oportunidades para usar essa tecnologia em residências, prédios comerciais e até em ônibus e trens. Em casa ou num escritório, as antenas aumentariam o alcance do roteador Wi-Fi . Já num ônibus ou trem, elas poderiam captar o sinal de estações fixas de telefonia celular e compartilhar o acesso à internet com os passageiros.

O tráfego de dados cresce exponencialmente na internet móvel . Como o espectro de radiofrequência é limitado, a rede celular tende a ficar congestionada. Uma forma de aliviar o congestionamento é transferir parte do tráfego de dados para redes Wi-Fi. Com antenas nas janelas, podemos levar o Wi-Fi a mais lugares, disse, em entrevista a EXAME.com, Edvaldo Santos, diretor de inovação da Ericsson Brasil.

De fato, nove em cada dez operadoras de telefonia já usam ou planejam usar o Wi-Fi para desafogar a rede celular. Naturalmente, os pontos de acesso Wi-Fi não precisam estar nas janelas para isso. Mas, na visão da Ericsson, embuti-los no vidro trará diversas vantagens. Podemos explorar as propriedades do vidro, que são muito interessantes, diz Santos. Além das antenas, poderiam ser incorporados ao material sensores diversos.

A janela pode, por exemplo, ser transformada numa lousa digital, capaz de capturar o que as pessoas escrevem e desenham nela. O vidro também poderia funcionar como superfície de controle para aparelhos domésticos. Ícones desenhados nele indicariam onde tocar para ligar o ar condicionado e as luzes ou para abrir uma persiana motorizada, por exemplo.

A empresa também vislumbra o uso das janelas para captar energia solar por meio de células fotovoltaicas transparentes, uma tecnologia que ainda está em desenvolvimento. Considerando a enorme área envidraçada nos prédios atuais, seria possível captar uma quantidade significativa de energia dessa maneira. A janela ainda pode funcionar como sensor para um alarme. Se o vidro for quebrado, o alarme soa.


Os sistemas de localização também ficariam mais precisos, diz Santos. Hoje, um smartphone consegue determinar que está dentro de determinado prédio. Como o GPS não funciona bem em ambientes fechados, ele usa as antenas de Wi-Fi e de telefonia celular como referência para isso.

Com antenas espalhadas em maior número por todos os ambientes, o smartphone poderia estabelecer com exatidão em que parte do prédio a pessoa está. É uma informação que pode ser útil quando acontece uma emergência médica ou um incêndio, por exemplo, diz Santos.

A Ericsson afirma que as tecnologias para aproveitamento das janelas já existem, e que esse cenário deve virar realidade dentro de poucos anos. Para Santos, a tendência é que a empresa faça acordos com fabricantes de vidro e de janelas para licenciar a tecnologia a eles.

Smartphone transparente

Há diversas outras empresas pesquisando como incorporar circuitos eletrônicos ao vidro. Elas trabalham com cerâmicas e outros materiais transparentes que funcionam como condutores elétricos ou como isolantes. Telas de cristal líquido transparentes vêm sendo apresentadas há anos em feiras de tecnologia por empresas como Samsung e LG, por exemplo.

A Polytron, de Taiwan, vem desenvolvendo protótipos de smartphones e tablets transparentes. Essa empresa já fabrica vidros opacos para janela que se tornam transparentes quando recebem tensão elétrica. Também produz painéis luminosos com LEDs incorporados a lâminas de vidro.

O projeto da Ericsson, chamado Janela de Oportunidade, vem sendo desenvolvido na sede da empresa na Suécia. Este é um vídeo (em inglês) sobre ele:

https://youtube.com/watch?v=wceZWjpgKTI%3Frel%3D0


Um dia feito de vidro

O vídeo mais interessante que vimos sobre esse tema foi feito pela Corning, a empresa que fabrica o resistente vidro Gorilla Glass usado em smartphones e tablets. A Corning também vem pesquisando as possibilidades trazidas pela incorporação de circuitos eletrônicos ao vidro.

No vídeo, chamado A Day Made of Glass 2 (houve uma primeira edição antes) ela mostra como as telas capazes de receber e exibir informações tendem a se espalhar por mais e mais lugares, inclusive na versão transparente:

https://youtube.com/watch?v=jZkHpNnXLB0%3Frel%3D0

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São Paulo — Um projeto da Ericsson apresentado no Mobile World Congress 2013, em Barcelona, mostra o que acontece quando sensores, antenas e circuitos eletrônicos são embutidos no vidro das janelas. Para a empresa, isso vai permitir distribuir antenas pelo ambiente para melhorar o acesso sem fio à internet.

A Ericsson vê oportunidades para usar essa tecnologia em residências, prédios comerciais e até em ônibus e trens. Em casa ou num escritório, as antenas aumentariam o alcance do roteador Wi-Fi . Já num ônibus ou trem, elas poderiam captar o sinal de estações fixas de telefonia celular e compartilhar o acesso à internet com os passageiros.

O tráfego de dados cresce exponencialmente na internet móvel . Como o espectro de radiofrequência é limitado, a rede celular tende a ficar congestionada. Uma forma de aliviar o congestionamento é transferir parte do tráfego de dados para redes Wi-Fi. Com antenas nas janelas, podemos levar o Wi-Fi a mais lugares, disse, em entrevista a EXAME.com, Edvaldo Santos, diretor de inovação da Ericsson Brasil.

De fato, nove em cada dez operadoras de telefonia já usam ou planejam usar o Wi-Fi para desafogar a rede celular. Naturalmente, os pontos de acesso Wi-Fi não precisam estar nas janelas para isso. Mas, na visão da Ericsson, embuti-los no vidro trará diversas vantagens. Podemos explorar as propriedades do vidro, que são muito interessantes, diz Santos. Além das antenas, poderiam ser incorporados ao material sensores diversos.

A janela pode, por exemplo, ser transformada numa lousa digital, capaz de capturar o que as pessoas escrevem e desenham nela. O vidro também poderia funcionar como superfície de controle para aparelhos domésticos. Ícones desenhados nele indicariam onde tocar para ligar o ar condicionado e as luzes ou para abrir uma persiana motorizada, por exemplo.

A empresa também vislumbra o uso das janelas para captar energia solar por meio de células fotovoltaicas transparentes, uma tecnologia que ainda está em desenvolvimento. Considerando a enorme área envidraçada nos prédios atuais, seria possível captar uma quantidade significativa de energia dessa maneira. A janela ainda pode funcionar como sensor para um alarme. Se o vidro for quebrado, o alarme soa.


Os sistemas de localização também ficariam mais precisos, diz Santos. Hoje, um smartphone consegue determinar que está dentro de determinado prédio. Como o GPS não funciona bem em ambientes fechados, ele usa as antenas de Wi-Fi e de telefonia celular como referência para isso.

Com antenas espalhadas em maior número por todos os ambientes, o smartphone poderia estabelecer com exatidão em que parte do prédio a pessoa está. É uma informação que pode ser útil quando acontece uma emergência médica ou um incêndio, por exemplo, diz Santos.

A Ericsson afirma que as tecnologias para aproveitamento das janelas já existem, e que esse cenário deve virar realidade dentro de poucos anos. Para Santos, a tendência é que a empresa faça acordos com fabricantes de vidro e de janelas para licenciar a tecnologia a eles.

Smartphone transparente

Há diversas outras empresas pesquisando como incorporar circuitos eletrônicos ao vidro. Elas trabalham com cerâmicas e outros materiais transparentes que funcionam como condutores elétricos ou como isolantes. Telas de cristal líquido transparentes vêm sendo apresentadas há anos em feiras de tecnologia por empresas como Samsung e LG, por exemplo.

A Polytron, de Taiwan, vem desenvolvendo protótipos de smartphones e tablets transparentes. Essa empresa já fabrica vidros opacos para janela que se tornam transparentes quando recebem tensão elétrica. Também produz painéis luminosos com LEDs incorporados a lâminas de vidro.

O projeto da Ericsson, chamado Janela de Oportunidade, vem sendo desenvolvido na sede da empresa na Suécia. Este é um vídeo (em inglês) sobre ele:

https://youtube.com/watch?v=wceZWjpgKTI%3Frel%3D0


Um dia feito de vidro

O vídeo mais interessante que vimos sobre esse tema foi feito pela Corning, a empresa que fabrica o resistente vidro Gorilla Glass usado em smartphones e tablets. A Corning também vem pesquisando as possibilidades trazidas pela incorporação de circuitos eletrônicos ao vidro.

No vídeo, chamado A Day Made of Glass 2 (houve uma primeira edição antes) ela mostra como as telas capazes de receber e exibir informações tendem a se espalhar por mais e mais lugares, inclusive na versão transparente:

https://youtube.com/watch?v=jZkHpNnXLB0%3Frel%3D0

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