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Enxaqueca pode alterar cérebro permanentemente, diz estudo

Para esta pesquisa, os cientistas analisaram 19 estudos, 13 deles clínicos


	Enxaqueca: "A enxaqueca afeta de 10% a 15% da população geral e pode ser muito debilitante", afirmou Ashina, principal autor dessa pesquisa
 (Nissian Hughes/Getty Images)

Enxaqueca: "A enxaqueca afeta de 10% a 15% da população geral e pode ser muito debilitante", afirmou Ashina, principal autor dessa pesquisa (Nissian Hughes/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 20h36.

A enxaqueca pode gerar modificações duradouras e permanentes nas estruturas cerebrais, como lesões, segundo uma análise de quase vinte capítulos publicada esta quarta-feira na revista americana Neurology.

"Tradicionalmente a enxaqueca é considerada um problema leve, sem efeitos duradouros no cérebro", revelou o doutor Messoud Ashina, da Universidade de Copenhague, principal autor desta pesquisa.

"Nossa meta-análise nos leva a crer que a enxaqueca poderia, de fato, alterar de forma permanente as estruturas do cérebro de múltiplas formas", explicou.

Os cientistas constataram que a enxaqueca aumenta o risco de lesão cerebral, de anomalias na substância branca e alteração do volume do cérebro de forma comparativa às pessoas que sofrem de cefaleia. Além disso, este risco é maior nas pessoas que sofrem de enxaqueca com aura.

Para esta pesquisa, os cientistas analisaram 19 estudos, 13 deles clínicos, onde os participantes se submeteram a uma prova de imagem de ressonância magnética do cérebro.

Os estudos mostraram um aumento de 68% do risco de lesões da substância branca do cérebro nas pessoas que sofrem de enxaqueca e 34% naquelas com enxaqueca sem aura com relação aos indivíduos que sofrem cefaleia.

O risco de anomalias cerebrais aumenta 44% nos doentes que sofrem enxaqueca com aura comparativamente aos que sofrem da modalidade sem aura.

Esta meta-análise mostra igualmente que a mudança no volume do cérebro é mais frequente nas pessoas com enxaqueca com ou sem aura que naquelas que não sofrem desta patologia.

"A enxaqueca afeta de 10% a 15% da população geral e pode ser muito debilitante", afirmou Ashina.

"Esperamos que outros cientistas poderão esclarecer o vínculo entre as mudanças estruturais do cérebro e a frequência e duração da enxaqueca assim como os efeitos destas lesões cerebrais nas funções mentais", acrescentou.

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