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Entenda como criptomoedas substituem outras formas de pagamento

Facebook anunciou sua nova moeda digital nesta terça-feira, a libra

Criptomoedas: entenda como funciona a moeda digital (Denes Farkas/Thinkstock)

Criptomoedas: entenda como funciona a moeda digital (Denes Farkas/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 18 de junho de 2019 às 13h19.

Última atualização em 25 de junho de 2019 às 13h16.

As criptomoedas vivem em um ambiente volátil, uma espécie de montanha russa que o Facebook busca mudar com sua nova moeda Libra.

A nova moeda digital será supervisionada por uma organização sem fins lucrativos e será apoiada por ativos reais para ser confiável e estável.

Como funcionam as criptomonedas

Para usar moedas como a Libra, as pessoas precisarão instalar um software conhecido como carteira digital.

Várias carteiras digitais estão disponíveis, mas uma chamada Calibra está sendo projetada por uma subsidiária do Facebook para smartphones dos sistemas operacionais Apple e Android e será integrada aos serviços de mensagens Messenger e WhatsApp.

Esse sistema "permite que todos guardem seu dinheiro com segurança em seus telefones", disse à AFP o vice-presidente de produtos da Calibra, Kevin Weil.

Uma carteira digital escolhida pelo usuário deve estar vinculada a contas bancárias ou cartões de crédito para transferências ou transações on-line.

"Da mesma forma que você pode recorrer a qualquer navegador para se conectar à internet, você poderá escolher qualquer carteira digital", disse Weil.

As vantagens

A Libra foi lançada como um ecossistema aberto, para que qualquer negócio, ou serviço, possa aceitá-la como meio de pagamento.

As instituições financeiras também poderão oferecer empréstimos, ou créditos, em Libra.

"Imagine guardar as economias de sua vida em casa. É mais seguro levá-las com você em seu telefone", alegou Weil.

O Calibra poderá, por exemplo, ser usado para enviar dinheiro para amigos, ou familiares, em outro país. Também servirá para comprar em lojas on-line, ou no mundo real, da mesma maneira que se usa o Pay Apple, ou o Google Pay.

Atualmente, mais de um bilhão de pessoas usam o WhatsApp e o Messenger para se comunicar. Segundo essa empresa, faz sentido, portanto, fornecer a eles uma maneira de movimentar dinheiro.

"Com o tempo, à medida que o ecossistema da Libra crescer e a Libra for incorporada a produtos e serviços, haverá mais coisas que poderão ser feitas", disse Weil.

Como transformar dinheiro vivo em criptomoeda

Pessoas sem acesso a bancos poderão ir a uma casa de câmbio, por exemplo, para converter o dinheiro em Libra.

Uma vez em um smartphone, a Libra poderá ser enviada como uma mensagem de texto. Os destinatários terão a opção de salvá-la em suas próprias carteiras para uso futuro, ou convertê-la em suas moedas locais.

"Faremos com que seja fácil converter para a moeda local", acrescentou Weil.

"Se você não tiver conta em banco, poderá recorrer a lugares como casas de câmbio que operem com a Libra", completou.

As comissões de câmbio de dinheiro poderão ser administradas pelo mercado, mas provavelmente serão menores do que as cobradas pelas empresas que transferem fundos.

O Calibra terá proteção contra fraudes e recuperação de senhas, e haverá um procedimento para reconhecer o cliente, por meio de documento de identidade oficial.

"Este é o dinheiro do povo. Sentimos uma grande responsabilidade de mantê-lo seguro", completou Weil.

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