Imagem mostrando como as pWaves devem ser instaladas pela cidade (Divulgação)
Victor Caputo
Publicado em 12 de março de 2014 às 15h55.
São Paulo – A primeira experiência usando 4G, rede móvel de alta velocidade, é algo surpreendente. Páginas carregando imediatamente, vídeos começando a tocar no mesmo momento em que o dedo chega ao play. Imagine então uma rede mil vezes mais veloz do que o 4G. É exatamente isso que pCell promete ser. Mas o que é a pCell afinal de contas?
A ideia está sendo desenvolvida por uma empresa chamada Artemis, nos Estados Unidos. Ela vai, basicamente, na direção contrária das torres de telefonia atual. Hoje, cada torre precisa ficar longe o suficiente de outras (para evitar interferências), mas perto o suficiente para que o usuário não fique sem sinal ao se locomover. A pCell quer descomplicar o cálculo e seguir a regra: quanto mais, melhor.
Ao invés das grandes antenas, pequenas caixas parecidas com roteadores caseiros seriam instaladas pela cidade e emitiriam um tipo diferente de ondas de rádio. Sem interferência entre as ondas, o sinal chegaria com muito mais força aos dispositivos, o que seria capaz de fornecer uma conexão até mil vezes mais veloz do que o 4G. A grande jogada, inclusive, é que com maior sobreposição das ondas, melhor ficaria o sinal.
Com a aplicação da ideia, os smartphones passariam a gastar muito menos bateria procurando por sinal. A estrutura de instalação também seria muito mais simples do que as torres convencionais usadas hoje, o que facilitaria para as operadoras.
Mas a melhor notícia de todas é: não será preciso comprar um novo aparelho para usar a rede. A equipe desenvolvedora fez com que a rede seja compatível com aparelhos 4G. Basta, portanto, ter um dispositivo com essa tecnologia para acessar a internet.
Os primeiros testes usando o pCell devem acontecer ainda este ano. A cidade que servirá como base será, é claro, São Francisco, nos Estados Unidos. A empresa Artemis está trabalhando para instalar caixas de sinal em 350 prédios da cidade. O presidente-executivo da empresa afirmou, em uma palestra, que a tecnologia deverá estar pronta para uso mundial no final de 2015.
Veja aqui o presidente-executivo da empresa demonstrando a velocidade em testes de laboratório:
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