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Empresa chinesa critica suposta espionagem da NSA

Huawei disse que irá condenar qualquer infiltração de seus servidores

Huawei (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 10h31.

A empresa chinesa de telecomunicações e Internet Huawei defendeu sua independência neste domingo e disse que irá condenar qualquer infiltração de seus servidores pela Agência Nacional de Segurança (NSA na sigla em inglês) se os relatos de tais atividades forem verdadeiros.

O jornal New York Times e a revista alemã Der Spiegel publicaram reportagens neste final de semana citando documentos vazados por Edward Snowden, ex-funcionário de segurança dos EUA, segundo os quais a NSA obteve dados secretos e monitorou as comunicações executivas da Huawei.

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"Se as ações relatadas forem verdadeiras, a Huawei rejeita tais atividades de invasão e infiltração em nossa rede corporativa interna e de monitoramento de nossas comunicações", disse o chefe de cibersegurança global da Huawei, John Suffolk, à Reuters.

O New York Times afirmou que um objetivo da operação da NSA, apelidada de "Shotgiant" ("gigante do tiro", em tradução livre) era descobrir quaisquer conexões entre a Huawei e o Exército de Libertação do Povo Chinês, mas também buscava explorar a tecnologia da Huawei e conduzir vigilância através de redes de computador e telefone que a empresa vendeu a outras nações.

Se recebesse tal ordem do presidente dos EUA, a NSA ainda planejava desencadear ciber-operações ofensivas, relatou o diário.

As publicações disseram que a NSA obteve acesso aos servidores no quartel-general da Huawei em Shenzhen e informações sobre o funcionamento de roteadores gigantes e interruptores digitais complexos que a empresa diz conectarem um terço das pessoas do mundo.

A Der Spiegel disse que a NSA copiou uma lista de mais de 1.400 clientes e documentos internos de treinamento para engenheiros, e que a agência prepara uma ofensiva digital contra a liderança política chinesa, citando o ex-primeiro-ministro Hu Jintao e os Ministérios do Comércio e das Relações Exteriores como alvos.

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