“Se as crianças podem ficar super envolvidas com videogames, há uma maneira de elas também se envolverem com a educação”, afirma Musk (picture alliance / Colaborador/Getty Images)
Karina Souza
Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 21h36.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 12h52.
Infância longe das telas pode ser uma questão para muitos pais -- e não sem razão. Um levantamento realizado pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o uso de celulares por crianças poderia prejudicar o sono e o desempenho escolar. Em meio a essas polêmicas e discussões, Elon Musk vai na contramão das práticas de deixar os filhos por pouco tempo sob a influência das telas. Em declaração concedida hoje, o pai de seis afirma que a maior parte da educação dos filhos vem do YouTube e Reddit.
Cético a respeito do modelo tradicional de educar, o CEO da Tesla e da SpaceX completa, afirmando que: “Se as crianças podem ficar super envolvidas com videogames, há uma maneira de elas também se envolverem com a educação”.
Em uma iniciativa de fugir dos modelos tradicionais, ele fundou a Ad Astra, uma escola que busca ensinar principalmente temas como inteligência artificial, programação e ciências aplicadas. Disciplinas como idiomas estrangeiros não são aplicadas porque Musk acredita que, em breve, esse trabalho será cumprido por softwares. Além disso, a Ad Astra não tem um sistema de notas – e Musk acredita que a intensa interação entre os estudantes pode gerar um aprendizado eficaz. Até 2018, a escola tinha cerca de 40 estudantes.
Para além de seu próprio empreendimento, o empresário também faz doações a outras instituições de ensino. Logo após se tornar o homem mais rico do mundo, o fundador da Tesla doou US$ 5 milhões para a plataforma de educação gratuita Khan Academy, por meio da Fundação Musk. Fundada em 2002, a organização apoia pesquisas em energia renovável, exploração espacial humana, pediatria, ciência e engenharia.
Trazendo o conceito para o mercado de trabalho, Elon Musk não exige nenhum tipo de diploma para candidatos a vagas na Tesla, chamando essa exigência de “absurda”.