Tecnologia

Eletrônicos levados a Sochi, na Rússia, têm altas chances de serem hackeados, diz emissora

Quem comprovou isso foi um repórter da rede de TV norte-americana NBC, que levou dois computadores e um smartphones à cidade; os três foram hackeados rapidamente

cracker (dustball / Flickr)

cracker (dustball / Flickr)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 14h41.

Sede dos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano, Sochi, na Rússia, tem se mostrado um verdadeiro “campo minado” cheio de crackers. Quem comprovou isso foi o repórter Richard Engel, da rede de TV norte-americana NBC, que levou dois computadores e um smartphone novos à cidade – e teve os três invadidos pouco depois de se conectar a uma rede Wi-Fi pública.

A experiência foi relatada em uma reportagem veiculada no canal, e Engel, acompanhado de um especialista, mostra os momentos exatos em que os aparelhos são invadidos. O caso do smartphone é o mais surpreendente, já que o dispositivo é hackeado em questão de minutos – o repórter e seu colega mal começam a tomar um café quando o download de um malware é iniciado no dispositivo.

O vírus em questão daria acesso a quaisquer dados armazenados no aparelho, que fora adquirido justamente para a realização dos testes. Já no caso dos dois notebooks (um MacBook e um com Windows 7 também comprados para a gravação da matéria), a invasão ainda levou algumas horas, mas garantiu as crackers acesso às informações guardadas nos HDs – fotos, documentos, números bancários, entre outros diversos.

Os responsáveis por garantir a segurança no local são os especialistas da Kaspersky, que afirmaram à NBC que o alto número de visitantes à cidade – turistas e atletas – tem tornado o trabalho bem complicado. São tantos aparelhos conectados simultaneamente que os muitos possíveis invasores têm uma variedade enorme de alvos.

Justamente por isso, Engel alerta sobre o risco de se conectar a redes de Wi-Fi públicas na região. Ele recomenda até que os visitantes não levem eletrônicos ao local, a menos que seja muito necessário – e nesse caso, é bom apagar dados possivelmente comprometedores. Também vale manter o aparelho devidamente protegido: os três gadgets usados no caso eram recém-comprados e foram conectados assim que abertos. Ou seja, estavam praticamente "nus".

Essas recomendações relacionadas ao Wi-Fi público, aliás, não valem apenas para Sochi. Caso sua máquina não esteja bem segura – não só com um antivírus, mas também com um firewall –, é sempre bom evitar se conectar a elas. Confira abaixo a reportagem completa, em inglês. Os Jogos Olímpicos de Sochi começam nesta quinta-feira, 6 de fevereiro.

http://www.msnbc.msn.com/id/32545640

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