Gestor do fundo Galaxy Investment Partners, Mike Novogratz revelou que comprou ações do Facebook recentemente (ohn Lamparski / Correspondente/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 7 de abril de 2021 às 13h49.
Última atualização em 7 de abril de 2021 às 16h30.
Os rumores estão esquentando em torno do próximo lançamento do Facebook. Em entrevista na última terça-feira, 6, o investidor e bilionário Mike Novogratz, gestor do fundo Galaxy Investment Partners, revelou que já comprou ações da empresa comandada por Mark Zuckerberg de olho na valorização a partir do lançamento da carteira digital da companhia.
Na entrevista concedida para a Bloomberg, o investidor diz esperar que o lançamento ocorra em breve. “Eu comprei ações do Facebook porque acho que a companhia irá lançar a carteira digital Novi em algum momento deste trimestre”, disse o investidor conhecido por ser um entusiasta de moedas virtuais como bitcoin e ethereum. “Quando isso acontecer, de repente você terá 2,4 bilhões de pessoas conectadas ao universo de cripto.”
O lançamento da carteira digital do Facebook é um dos mais aguardados no mercado de tecnologia. O produto foi anunciado anos atrás, quando a companhia revelou um plano de ter a sua própria criptomoeda, a Libra. Ela seria apoiada por uma série de empresas, mas a ideia acabou perdendo força. Na época, o Facebook iria fornecer a tecnologia para a criação de uma carteira digital que se chamaria Calibra e depois foi rebatizada para Novi.
A moeda digital Libra, por sua vez, também passou por sua própria mudança de nome. O ativo, assim como a associação criada para seu desenvolvimento, passou a se chamar Diem desde o fim do ano passado. Uma das razões para isso foi a necessidade de desvincular o projeto do Facebook para vencer a resistência de órgãos reguladores. Além disso, a Diem é bastante diferente do projeto anunciado para a Libra.
Para Novogratz, que tem fortuna estimada em 6,4 bilhões de dólares, o lançamento da Novi deverá ser um dos eventos mais promissores para uma possível valorização das criptomoedas (e do Facebook). O investidor espera que o setor que já possui valor de mercado superior a 2 trilhões de dólares passe a responder por 1% de toda a riqueza global até o fim deste ano, dobrando o percentual atual de 0,5%.
Além de facilitar pagamentos online, as carteiras digitais estão ganhando cada vez mais relevância no mundo físico. Uma pesquisa realizada pelo Itaú Unibanco e divulgada com exclusividade pela EXAME no ano passado já apontava o uso da tecnologia para compras em supermercados, bares e restaurantes. Empresas como B2W, 99, Méliuz, Magazine Luiza, entre outras, já possuem suas próprias wallets.