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Eike Batista: 'O Twitter representa meu estilo de vida'

Empresário criou um perfil no Twitter e conta como está a experiência na rede

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 11h38.

"Mundão, cheguei! Vou twittar meus pensamentos, minhas disciplinas e meus valores!" Com essa frase, o empresário Eike Batista, de 52 anos, apontado pela revista Forbes como o oitavo homem mais rico do mundo, se rendeu ao Twitter, há pouco mais de duas semanas. Desde então, arrebanhou mais de 50.000 seguidores. Com um patrimônio avaliado em 27 bilhões de dólares, Eike teria dinheiro suficiente para comprar a rede de 140 caracteres 27 vezes. Mas garante que não pensa em colocar o site em seu porfólio de negócios. "O Twitter representa meu estilo de vida – objetivo e conciso", diz. Na entrevista a seguir, o empresário conta por que decidiu abraçar a rede, o que prentede fazer ali e assegura que é ele mesmo o autor dos tweets que aparecem em seu perfil.

Por que criar um perfil no Twitter?

O Twitter é uma ferramenta de comunicação extraordinária. Eu a conheci a partir de seu uso pelo presidente americano, Barack Obama: gostei do perfil oficial dele junto à conta da Casa Branca. Antes mesmo de se eleger, Obama havia construído um espaço de captação de recursos para campanha. O poder de mobilização que construiu em poucos meses foi fantástico. Sua base de seguidores, hoje consolidada, é capaz de mudar pautas e votos do Congresso.

Alguém o aconselhou a participar da rede?
Tenho dois irmãos que trabalham na área de tecnologia. Em uma conversa, um deles falou sobre o poder da mídia social e sobre como sites de interação mudam o comportamento humano. Há cerca de três semanas, tive a idéia de criar o perfil e promover uma conversa com as pessoas em rede. Durante esse período, descobri que tenho o perfil ideal para o Twitter: me considero uma pessoa que prefere sintetizar assuntos. E o site tem essa virtude. Tudo é muito simples, prático. E em 140 caracteres.

Quais são seus objetivos com a ferramenta?

Compartilhar ideias e pensamentos. Acredito que tenho algo a ensinar.

O senhor vai publicar informações pessoais?
O perfil vai mesclar informações pessoais e profissionais. A criação da conta só reafirma uma coisa: sou normal, como qualquer outro ser humano. E a caneta eletrônica do Twitter pode me ajudar a mostrar isso.

E informações sobre suas empresas?
Não pensei ainda em um formato de modelo de negócios. Mas será um passo a ser estudado.


O senhor é o autor das mensagens na ferramenta ou há uma assessoria que produz os tweets?
De forma alguma. Sou o autor de todas as mensagens. Mas você me deu uma idéia: vou montar uma equipe de quatro ou cinco pessoas para a área. Não é todo lugar que possui conexão à internet e, pelo celular, posso passar os tweets aos funcionários.

Quem são seus seguidores?
Pergunta engraçada. Muitos jovens que investem na bolsa acabam me seguindo e isso acontece pela qualificação do perfil. Todos têm um carimbo de referência. E esse grupo acredita que posso ajudá-los.

Pretende ter perfis em outras redes?
Acredito que não. Percebi, nessas duas semanas, que o Twitter representa meu estilo de vida.

E a conversa em 140 caracteres com a Nana Gouvêa, como foi? [a modelo criticou Eike por ter doado 12 milhões de dólares a uma ONG ligada à cantora Madonna e não a instituições brasileiras]
Foi engraçado. Respeitei a opinião dela. A rede permite transparência. Não tenho problema com as discussões.

O senhor se considera um viciado em tecnologia?
Eu não tenho iPhone, tenho Blackberry. Estou fascinado com meu iPad, que comprei há dois meses. Pela manhã, durante o café, abandonei o jornal. Leio as notícias do dia no tablet da Apple. Por sinal, o Gloria Palace [hotel do Rio comprado recentemente pelo empresário] será totalmente digital. Terá telas sensíveis ao toque, sensores. Pode esperar: o que há de mais tecnológico estará no hotel.

O senhor pretende comprar o Twitter?
(Risos). Será? Não pretendo adquirir o Twitter. Meu objetivo com a ferramenta é apenas interagir. Quem são seus fundadores mesmo?

Evan Willians, Biz Stone e Jack Dorsey.

Não conheço nenhum deles, mas deixo meus parabéns por terem criado uma plataforma social tão envolvente, viciante e revolucionária.

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