DXC Technology: empresa nasce com milhares de clientes (Michael Nagle/Bloomberg)
Victor Caputo
Publicado em 30 de abril de 2017 às 07h30.
Última atualização em 30 de abril de 2017 às 07h30.
São Paulo – Talvez você nem tenha ouvido falar da DXC Technology, mas ela é a maior empresa de serviços de TI do mundo. Ela já nasceu assim, na verdade, no dia 3 de abril deste ano. A companhia é fruto da fusão entre a parte de serviços da Hewlett Packard Enterprise (HPE) e da Computer Sciences Corporation (CSC).
“Nesta nova fase, teremos foco total em fornecer o melhor serviço aos nossos clientes”, falou a EXAME.com Luciano Corsini, presidente da DXC Technology no Brasil. De acordo com ele, a empresa agora pode oferecer a clientes foco e independência total.
A DXC nasce atuando em 70 países e com mais de 6.000 clientes. As previsões apontam para receitas anuais superiores a 26 bilhões de dólares. Os clientes são herança da HPE e da CSC.
Corsini explica que as duas empresas tinham poucos clientes em comum—evidência de que, apesar de atuarem em um mesmo setor, propunham soluções diferentes.
O presidente no Brasil define as duas empresas como “complementares” que, agora, formam um grande personagem deste mercado. Entre os serviços oferecidos pela DXC Technology estão: analytics, nuvem, segurança digital, entre outros.
Para entender melhor como a DXC se formou, é preciso lembrar do processo de separação da HP. “Enquanto o mercado caminha para um cenário de concentração e de aquisições, a Meg [Whitman, CEO da então HP] foi no caminho contrário, separando a empresa em duas”, explica Corsini.
De um lado ficou a HP Inc. (com produtos como computadores pessoais e impressoras) e de outro, a Hewlett Packard Enterprise, ou HPE, com o restante do que a HP oferecia. A parte de serviços da HPE, então, se desmembrou e realizou uma fusão com a CSC para a criação da nova DXC Technology. A empresa nasceu com um novo nome, logo, identidade visual, etc. Seus papéis são negociados na Bolsa de Nova York.
A reorganização trouxe bons frutos. Corsini afirma que a chance de repensar a estrutura da empresa permitiu que se alcançasse um patamar mais horizontal de liderança. A empresa ainda fica mais ágil para atender a seus clientes—além de ter gerado economia muito bem-vinda em tempos de crise.
Quando o assunto é crise, aliás, Corsini não se deixa abalar. De acordo com o executivo, o comprometimento da empresa com investimentos no Brasil continua firme e forte.
Ele ainda enxerga o potencial do investimento em tecnologia em empresas mesmo durante períodos difíceis. “O investimento em TI pode ajudar na diminuição de custos e prepara empresas para crescer quando o cenário melhorar. Quando o mercado voltar a se aquecer, cresce quem estiver preparado.”