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Dona da Nextel pede proteção contra falência

A NII Holdings, dona da marca Nextel na América Latina, pediu proteção contra falência nos Estados Unidos nesta segunda-feira

nextel (GERMANO LUDERS)
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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 16h13.

NII Holdings, dona da marca Nextel na América Latina, pediu proteção contra falência nos Estados Unidos nesta segunda-feira, enquanto lida com o aumento da competição no Brasil e no México, seus principais mercados.

A companhia apresentou uma petição voluntária para o Capítulo 11 (pedido de proteção contra falência de acordo com a lei dos EUA) em uma corte de falências no distrito sul de Nova York, de acordo com o documento.

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A decisão deve permitir à companhia reestruturar sua dívida com credores ao torná-los acionistas, disseram fontes com conhecimento da situação. A NII Holdings opera em vários países na América Latina sob a marca Nextel.

O Capítulo 11 também poderá ajudar a companhia a implementar um modelo de negócios mais sustentável com foco no Brasil e no México, seus principais mercados. O Capítulo 11 reorganiza os negócios e ativos da companhia por um período limitado.

No documento, a NII Holdings listou ativos de 2,88 bilhões de dólares e dívidas de 3,47 bilhões de dólares, adicionando que mais de 500 investidores detêm cinco tipos de bônus seniores não subordinados totalizando 4,35 bilhões de dólares em 30 de junho. Entre os maiores credores estava a Wilmington Savings Fund Society, que tinha 1,5 bilhão de dólares, representando 7,625 por cento da dívida com vencimento em 2021.

Outros credores incluíam um veículo detido pela unidade brasileira da American Tower e pelo Banco de Desenvolvimento Chinês, ambos com garantias concedidas à NII Holdings.

A NII Holdings vem perdendo clientes e sofrendo um declínio na receita média por usuário enquanto America Móvil, a espanhola Telefónica e TIM Participações oferecem uma melhor cobertura com o crescimento dos smartphones.

A companhia alertou no mês passado que poderia entrar com pedido de proteção à falência depois de divulgar seu nono prejuízo consecutivo. A companhia encerrou o trimestre com 1 bilhão de dólares em caixa, um prejuízo líquido recorrente de 629 milhões de dólares e uma redução de 77 mil clientes em sua base.

A NII Holdings contratou os bancos UBS e Rothschild em março para assessorar em uma potencial venda e uma reestruturação de dívida, respectivamente.

(Por Guillermo Parra-Bernal)

((Tradução Redação Rio de Janeiro, 55 21 2223-7132))

REUTERS JS LB

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