O domínio .xxx entrou em operação em 6 de dezembro de 2011 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2012 às 14h53.
Genebra - Três meses depois do lançamento do domínio "pornográfico" .xxx, já foram abertos dez processos contra o registro de sites nesse segmento com o nome de empresas e pessoas respeitáveis, afirmaram pessoas familiarizadas com o assunto na segunda-feira.
Fontes na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi) reportaram que entre as queixas quanto ao domínio .xxx estão reclamações de bancos, de uma joalheria e de um site de varejo online.
Uma das queixas individuais, contra um site chamado femjoy.xxx, foi apresentada por uma pessoa chamada George Streit, de acordo com a Ompi. Mas as fontes não souberam dizer se a pessoa em questão era o cantor country norte-americano George Strait. Representantes da organização não confirmaram se a diferença na ortografia era resultado de um erro de digitação.
O diretor-geral da Ompi, reportou que os casos de pirataria de nomes de domínio subiram em 2,5 por cento no ano passado, envolvendo o recorde de 4.781 sites. Cerca de 90 por cento dos processos foram resolvidos a favor dos queixosos.
Muitas personalidades, entre elas o ator Tom Cruise e o jogador de futebol Wayne Rooney, e grandes empresas, como o Barclays Bank e a Nestlé, saíram vitoriosas das queixas apresentadas à Ompi no passado.
Mas eram casos contra proprietários de sites registrados sob domínios já antigos e estabelecidos, tais como .com, .int e .org, ou que usavam sufixos geográficos, tais como .fr, para sites franceses.
Os piratas de endereços muitas vezes registram um nome de domínio na esperança de vendê-lo aos proprietários reais da marca. Também usam sites enganosos para atrair internautas para produtos e serviços.
O domínio .xxx entrou em operação em 6 de dezembro de 2011, depois de anos de debate na Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann) sobre como controlar a ampla difusão de pornografia na rede e tornar o sistema mais administrável.
Os defensores de um domínio especial argumentavam que ele permitiria que pais e empregadores controlassem mais o acesso a esses sites, bloqueando o domínio .xxx como um todo, e não sites separados.
Os críticos alegavam que os sites pornográficos registrariam novos domínios .xxx mas manteriam também os domínios .com e afins.