Tecnologia

Disney+ e Globoplay fecham parceria inédita para dominar streaming

O movimento acontece em um momento muito importante para o mercado do streaming

The Mandalorian (Disney/Divulgação)

The Mandalorian (Disney/Divulgação)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 12h06.

Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 12h08.

Os serviços de streaming Disney+ e Globoplay fecharam uma parceria para facilitar a assinatura de ambos serviços de streaming. A plataforma da Disney, que chega ao Brasil no dia 17 de novembro, se juntou à gigante brasileira para aumentar ainda mais a competitividade das duas empresas. Segundo a Globoplay, agora é possível fazer o pré-cadastro de ambas as plataformas e "estar entre os primeiros a contratar o novo combo".

O movimento acontece em um momento importante para o mercado do streaming. Com cada vez mais empresas entrando na onda, e outras falindo, como foi o caso da Quibi, é fato que o setor está mais do que aquecido --- e o combo pode ser um golpe na Netflix, empresa que tem mais assinantes no mundo todo, com 195 milhões.

Apesar de a Netflix ser líder global do mercado de streaming, no Brasil quem lidera é o Globoplay em número de usuários. A pesquisa da FGV à qual a EXAME teve acesso com exclusividade aponta que o serviço da Rede Globo tem 20 milhões de assinantes — número que, segundo a Rede Globo, inclui assinantes pagantes e usuários cadastrados que acessam o Globoplay de graça –, enquanto a Netflix tem 17 milhões.

"Nós sempre ouvimos os consumidores para entender seus desejos e aspirações. Nesse processo, uma mensagem vem se tornando cada vez mais clara: as pessoas querem simplicidade, conveniência, qualidade e preço justo. Para atender a essa demanda, nos associamos aos nossos parceiros da Disney para reunir em uma única oferta dois serviços de streaming que têm simplesmente o melhor em termos de conteúdo: filmes, séries, novelas, documentários, desenhos, programas infantis e para a família e ainda os melhores canais da TV por assinatura, no caso do combo com o Globoplay + Canais ao vivo. Tudo isso por um preço que as pessoas podem pagar", afirma Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo, em comunicado enviado à imprensa.

Para continuar a crescer, o Globoplay investiu 1 bilhão de reais na produção de conteúdos exclusivos e em novas tecnologias em 2020. O aplicativo fechou o primeiro semestre com 150% mais assinantes do que no mesmo período em 2019. A empresa busca se adaptar à era do streaming desde 2015.

A Disney, por sua vez, tirou todos os seus conteúdos de plataformas concorrentes, como da própria Disney, da Pixar, Marvel, Star Wars, National Geographics, entre outros. Isso significa que, caso alguém queira maratonar todos os filmes da série dos Vingadores, vai poder fazer isso em um lugar só, em vez de ter de procurar (ou alugar) as produções em diversas plataformas.

Até porque, segundo um documento enviado à EXAME, o Disney+ terá exclusividade total das produções da companhia e “não haverá nenhum conteúdo da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic em qualquer outra plataforma”. Desde o dia 30 de setembro, as produções foram retiradas da Netflix, do Amazon Prime Video e de outras plataformas que licenciavam os conteúdos. Um trunfo em tempos de crescimento extremo no setor.

Arte/Exame (Arte/Exame)

Pré-venda do Disney+

Na tarde desta terça-feira, 3, a Disney anunciou os valores da pré-venda de sua assinatura. O pacote anual Disney+ custa 237,90 reais (19,82 reais por mês). O preço, que só vale na pré-venda, é mais barato que a assinatura mais barata da Netflix, que custa 21,90 reais por mês (262,80 reais por ano).

Acompanhe tudo sobre:DisneyFilmesGloboGloboplaySériesStreaming

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA