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Diploma universitário aumenta as chances de tumor no cérebro

Empregos mais intelectuais também foram associados com risco maior de câncer

Estudante cansada: esse tipo de tumor é canceroso e atinge as células da glia, que ajudam a nutrir os neurônios (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 10h37.

Se você costuma dizer que quebrou a cabeça em quatro anos de faculdade , existe mais verdade nessa frase do que você imagina.

Um estudo acompanhou 4,3 milhões de pessoas por 17 anos e encontrou uma forte relação entre educação superior e o desenvolvimento de diferentes tipos de tumor cerebral .

A pesquisa, feita pela Universidade College London e o Instituto Karolinska na Suécia, descobriu que homens que cursaram pelo menos 3 anos de faculdade têm uma chance 19% maior de desenvolver glioma do que as que só completaram o ensino básico.

Esse tipo de tumor é canceroso e atinge as células da glia, que ajudam a nutrir os neurônios.

Nas mulheres diplomadas, o risco de glioma era 23% maior. Elas também apresentaram uma tendência maior de desenvolver meningioma, que aparece nas meninges, tecidos que proteger a medula espinhal.

O tipo de profissão também apareceu como um indicativo de risco de tumor cerebral.

Para homens com cargos médios e altos em trabalhos não-manuais, como de gerência, o risco de glioma era 20% maior do que para quem trabalha com a mão na massa.

A chance de desenvolver neuroma acústico também era 50% maior nos homens . Esse tumor na maioria das vezes é benigno, e afeta o nervo auditivo, prejudicando a audição e o equilíbrio.

Para as mulheres gestoras , o risco de glioma era 26% superior e o de meningioma crescia 14%.

Além da educação e da vida profissional, os cientistas descobriram que homens casados tem um risco levemente maior de desenvolver tumores que os solteiros. Já para as mulheres, o estado civil não faz diferença.

Dos mais de 4 milhões de suecos, 5.735 homens e 7.101 mulheres desenvolveram alguma forma de tumor cerebral ao longo do período da pesquisa.

Os pesquisadores dizem que não dá para afirmar uma relação de causa e consequência entre o diploma e o tumor.

Pode ser, por exemplo, o contrário - pessoas geneticamente mais predispostas a desenvolver esse tipo de doença também tenham uma tendência maior a cursar o ensino superior.

Mas uma coisa eles garantem: os dados são consistentes, a amostra é enorme e o acompanhamento foi longo.

A relação entre o cérebro estudioso e o tumor existe - só falta pesquisa para entender exatamente como ela funciona.

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Se você costuma dizer que quebrou a cabeça em quatro anos de faculdade , existe mais verdade nessa frase do que você imagina.

Um estudo acompanhou 4,3 milhões de pessoas por 17 anos e encontrou uma forte relação entre educação superior e o desenvolvimento de diferentes tipos de tumor cerebral .

A pesquisa, feita pela Universidade College London e o Instituto Karolinska na Suécia, descobriu que homens que cursaram pelo menos 3 anos de faculdade têm uma chance 19% maior de desenvolver glioma do que as que só completaram o ensino básico.

Esse tipo de tumor é canceroso e atinge as células da glia, que ajudam a nutrir os neurônios.

Nas mulheres diplomadas, o risco de glioma era 23% maior. Elas também apresentaram uma tendência maior de desenvolver meningioma, que aparece nas meninges, tecidos que proteger a medula espinhal.

O tipo de profissão também apareceu como um indicativo de risco de tumor cerebral.

Para homens com cargos médios e altos em trabalhos não-manuais, como de gerência, o risco de glioma era 20% maior do que para quem trabalha com a mão na massa.

A chance de desenvolver neuroma acústico também era 50% maior nos homens . Esse tumor na maioria das vezes é benigno, e afeta o nervo auditivo, prejudicando a audição e o equilíbrio.

Para as mulheres gestoras , o risco de glioma era 26% superior e o de meningioma crescia 14%.

Além da educação e da vida profissional, os cientistas descobriram que homens casados tem um risco levemente maior de desenvolver tumores que os solteiros. Já para as mulheres, o estado civil não faz diferença.

Dos mais de 4 milhões de suecos, 5.735 homens e 7.101 mulheres desenvolveram alguma forma de tumor cerebral ao longo do período da pesquisa.

Os pesquisadores dizem que não dá para afirmar uma relação de causa e consequência entre o diploma e o tumor.

Pode ser, por exemplo, o contrário - pessoas geneticamente mais predispostas a desenvolver esse tipo de doença também tenham uma tendência maior a cursar o ensino superior.

Mas uma coisa eles garantem: os dados são consistentes, a amostra é enorme e o acompanhamento foi longo.

A relação entre o cérebro estudioso e o tumor existe - só falta pesquisa para entender exatamente como ela funciona.

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