Demanda por iPhones desafia liderança da Samsung em celulares
A recuperação do iPhone parece impulsionada principalmente pelo lançamento bem-sucedido da família de produtos do iPhone 11
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 16h47.
Última atualização em 31 de janeiro de 2020 às 16h55.
Embora 2019 tenha começado com expectativas de que a Huawei Technologies desafiaria a Samsung Electronics pelo título de maior fornecedora de smartphones do mundo, é a Apple , uma inimiga mais familiar, que agora ameaça o trono do titã sul-coreano.
Estimativas divulgadas na última quinta-feira por empresas que monitoram o setor mostram que a fabricante do iPhone está perto ou quase igualando a rival da Coreia do Sul em remessas durante o crucial trimestre da temporada natalina. A Strategy Analytics estima as remessas de iPhones da Apple em 70,7 milhões no quarto trimestre, um pouco à frente dos 68,8 milhões da Samsung. A Canalys calcula as entregas da empresa dos EUA em 78 milhões, ultrapassando os 71 milhões da marca asiática. E pesquisadores da IHS Markit têm posições invertidas: Samsung com 70,7 milhões, e Apple com 67,7 milhões.
Empresas de pesquisa agora precisam fazer estimativas porque a Apple deixou de fornecer números para o iPhone há um ano, enquanto a Samsung divulga um número total que inclui smartphones e telefones comuns. O consenso, no entanto, é que praticamente já não há distância entre as duas marcas dominantes de celulares.
As três empresas de rastreamento de mercado estimam que a Huawei entregou 56 milhões de unidades no trimestre, um desempenho respeitável à luz das pesadas sanções dos EUA à empresa chinesa.
A Apple divulgou nesta semana receita e lucro recordes no quarto trimestre, elevando o preço da ação para uma nova máxima. O iPhone foi mais uma vez a joia da coroa, impulsionado pelo forte crescimento nos grupos de vestíveis, ou wearables, e serviços. A Samsung divulgou melhora do lucro operacional da unidade móvel, mas foi afetada por uma queda prolongada da demanda por chips de memória, historicamente o negócio mais lucrativo.
A recuperação do iPhone parece impulsionada principalmente pelo lançamento bem-sucedido da família de produtos do iPhone 11, já que a empresa iniciou o ano em trajetória descendente que foi revertida no último trimestre. A Apple pediu que fornecedores e fabricantes de chips aumentassem a produção para atender à demanda acima do esperado. O lançamento de um iPhone de baixo custo em março deve melhorar ainda mais as perspectivas, segundo reportagem da Bloomberg News.
A Apple normalmente registra um forte aumento das vendas de iPhone no quarto trimestre, quando apresenta novos modelos. Mas, considerando os números totais de 2019, a Samsung entregou muito mais smartphones do que a Apple: 295 milhões contra 193 milhões, segundo a IHS.