Dell XPS 13
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 13h47.
O Dell XPS 13 não é um notebook para quem quer jogar games. Ele foi feito para a produtividade extrema. Dito isso, o aparelho é a Ferrari dos ultrabooks. Isso porque ele conta com uma configuração topo de linha, bem como com um design refinado e, como não poderia faltar em uma Ferrari, um preço acima da média.
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h3>Design
Versão curta: excelente construção. Tela deixou de ser conversível, mas tem a maior resolução disponível no momento.
Esse notebook premium da Dell tem uma carcaça feita em alumínio e Gorilla Glass
e conta com um desenho que passa a impressão de uma tampa traseira texturizada. O gadget pesa 1,3 kg, o que o deixa atrás dos Chromebooks nesse quesito. Por outro lado, as configurações desses produtos é tão diferente que seria como comparar um Lumia 432 com um Samsung Galaxy S6.
A resolução da tela é a mais alta do momento: 3 200 por 1 800 pixels, o que representa, aproximadamente, 2,8 vezes mais do que o padrão Full HD. Colocando todos esses 5 760 000 pixels em um display de 13 polegadas, tecnologia que a Dell chamada QHD+, o aparelho chega a ter mais pixels por polegada (ppi) do que o MacBook Retina, que tem resolução de 2 570 por 1 600 pixels e o mesmo tamanho de tela.
O notebook deixou de ter um display conversível, como acontecia no Dell XPS 12, do ano passado. Com isso, o dispositivo perdeu a capacidade de ser usado como tablet ou mesa de trabalho touchscreen. No entanto, a sensibilidade ao toque ainda está presente, o que é importante, já que o Windows ainda é o único sistema operacional de computadores otimizado para esse tipo de controle.
No geral, tudo é bem feito no Dell XPS 13. A única coisa errada no produto é o posicionamento da webcam. Em vez de ficar no topo da tela, na parte central, como em qualquer notebook, ela fica na lateral inferior esquerda. Ou seja, ficará complicado fazer uma videochamada com esse aparelho, uma vez que é difícil olhar para a imagem da pessoa do outro lado da chamada enquanto você mantém os olhos na webcam. O melhor a se fazer para resolver isso é usar uma câmera externa.
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h3>Usabilidade
Versão curta: ótimo para trabalho, mediano no pacote Adobe e péssimo para games.
Durante os testes do INFOlab, o XPS 13 se mostrou excelente para editar planilhas, escrever textos, executar uma IDE e abrir aplicações que demandam processamento pesado em poucos instantes, como os programas do pacote Adobe. O teclado do aparelho é confortável para a digitação, as teclas não são nem baixas nem altas demais. Também não é preciso bater com força nelas para que o caracter seja registrado, como acontece em alguns notebooks de baixo custo. A tecla espaço funciona bem nesse aspecto, não é preciso acertar o meio dela para separar as palavras, evitando erros crassos como escrever agente em vez de "a gente. No entando, as marcas de uso do teclado começam a aparecer em pouco tempo. A dica é usar uma capa protetora.
Outro ponto que agrada é o trackpad. Esse era um problema no XPS 12 que a Dell corrigiu neste novo aparelho. É possível fazer scroll com dois dedos e os botões que fazem as vezes de esquerdo e direito do mouse ficam na parte inferior do trackpad e são mais silenciosos do que a média.
O design do XPS 13 era uma questão tão importante para a fabricante que até mesmo o número de série fica escondido para não interromper o padrão visual do produto, veja:
A altíssima resolução da tela é o ponto mais forte do produto, mas também é o seu calcanhar de Aquiles. Poucos programas estão otimizados para uma qualidade QHD, quanto mais para o QHD+ que temos nesse display. Por conta disso, o vanguardismo da Dell não ajuda quem quer, por exemplo, editar uma foto no Photoshop. O programa abre muito rapidamente, mas todos os menus ficam minúsculos. É possível aumentar o tamanho deles, mas a experiência de estar com um produto premium em mãos vai por água abaixo.
Ainda assim, aplicar filtros no Photoshop, uma tarefa que exige um certo nível de processamento, é uma atividade tranquila para esse produto. Você pode não ter o melhor visual do programa, mas conseguirá fazer seu trabalho com agilidade.
Onde o ultrabook peca de verdade é no quesito versatilidade. A falta de uma placa de vídeo dedicada inviabiliza o uso do produto para jogos. Ao tentarmos rodar Civilization, que não demanda muito processamento gráfico, a experiência foi ruim, como mostra a lista a seguir. A taxa de quadros por segundo foi muito baixa e tudo demorou para acontecer. Foi preciso reduzir a resolução via software para obtermos um qualidade minimamente aceitável de execução.
Civilization: Beyond Earth (configuração máxima): 12-14 FPS
Civilization: Beyond Earth (configuração mínima, 1080p):20-22 FPS
Dark Souls 2 (configuração máxima): 9-11 FPS
Dark Souls 2 (configuração mínima, 1080p):14-17 FPS
Se você tiver que jogar games no XPS 13, a dica é optar por títulos indies disponíveis no Steam, como Super Meat Boy, que demanda pouco poder de processamento.
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h3>Configuração
Versão curta: configuração de hardware de ponta, mas falta placa dedicada.
Exceto pela falta da placa de vídeo dedicada, aqui é onde o aparelho brilha. Ele tem processador Intel Core i7-5500u de quinta geração (Broadwell) com clock de 2,4 GHz, 8GB de RAM, SSD de 256 GB, Wi-FI padrão AC e o sistema Windows 8.1. Com toda essa potência, ele certamente receberá atualização para o Windows 10. Aliás, poucos programas vêm pré-instalados e a maioria serve para ajudar o usuário em tarefas cotidianas, como fazer backup ou criar um ponto de restauração.
Todos esses componentes de ponta são o motivo do aparelho custar caro, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, sede da Dell ainda que o preço seja bem mais alto no mercado nacional. O conjunto de componentes do ultrabook, contudo, não é visto em nenhum outro, especialmente quando consideramos a resolução da sua tela.
Ao rodarmos os benchmarks, nossas suspeitas se confirmaram: os resultados foram bem acima da média.
PCMark 7 (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
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XPS 13 | 4958 |
3DMark11 (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
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XPS 13 | 1257 |
3DMark Icestorm (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
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XPS 13 | 50150 |
Cinebench Multicore (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
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XPS 13 | 3,12 |
Com toda a potência e o display QHD+ do XPS 13, sua bateria não poderia durar como a de um aparelho intermediário, como o campeão de duração de carga do INFOlab, o Asus T-100TA. Em uso intenso, ele aguentou por 2 horas longe da tomada, enquanto suportou 6 horas e 20 minutos de reprodução de vídeos. O segundo resultado impressiona por conta da alta resolução do display, o que deveria fazer a bateria se esvair em pouco tempo. Ponto para a Dell.
Vale a pena?
O Dell XPS 13 é um produto excelente e se sai bem em quase tudo que se propõe a entregar para o usuário. Ainda assim, a versatilidade é algo que faz falta, especialmente quando falamos de um aparelho que custa mais de 8 mil reais. Como ele não funciona para jogos pesados, o ultrabook é um companheiro ideal para os workaholics desde que eles possam pagar por ele.
Sistema operacional | Windows 8.1 Pro |
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Processador | Intel Core i7-5500U 2,4 GHz |
GPU | Intel Graphics 5500 |
RAM | 8 GB |
Armazenamento | 256 SSD |
Conexões | 2 USB 3.0; 1 Mini DisplayPort; P2 |
Peso | 1,3 kg |
Tela | 13'' QHD+ |
Bateria | 2 horas de uso intenso |
Prós | Configuração de ponta; Boa duração de bateria |
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Contras | Preço alto; Posição da webcam; Poucos programas aguentam a resolução máxima da tela |
Conclusão | Ultrabook feito para workaholics que não jogam games |
Configuração | 9.0 |
Usabilidade | 9.8 |
Bateria | 7.5 |
Design | 8.4 |
Média | 8.7 |
Preço | R$ 7 829 |