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Declínio do Bumble indica que apps de namoro enfrentam barreiras geracionais

Ações de empresas de aplicativos de namoro despencam; quase metade dos usuários relata experiências negativas

Aplicativos de namoro: dados mostram dificuldade do setor

Aplicativos de namoro: dados mostram dificuldade do setor

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 09h01.

Última atualização em 19 de agosto de 2024 às 10h15.

Os aplicativos de namoro, que prometiam transformar as interações humanas, estão enfrentando uma crise significativa. O Bumble, uma das principais plataformas do setor, viu suas ações caírem 30% neste mês após um relatório de ganhos abaixo do esperado.

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Já o Match Group, proprietário de gigantes como Tinder, Match.com e OkCupid, relatou uma queda no número de usuários pagantes por sete trimestres consecutivos, sinalizando um descontentamento crescente entre os usuários.

Uma pesquisa do Pew Research revelou dados alarmantes: 52% dos usuários de aplicativos de namoro online encontraram alguém que consideraram um golpista; 57% das mulheres disseram que o namoro online não é seguro; e 85% afirmaram que alguém continuou a contatá-las mesmo após elas demonstrarem desinteresse.

Esses números indicam uma insatisfação generalizada que está afetando a reputação e a viabilidade desses serviços.

A crise de confiança nos aplicativos e o futuro das interações online

Com a crescente insatisfação e as quedas nas ações, a indústria de aplicativos de namoro enfrenta desafios para reconquistar a confiança dos usuários.

Especialistas indicam que a saturação de opções e a impessoalidade dos encontros online estão levando muitos a buscar alternativas fora do ambiente digital.

Entra na conta também o fato de que os aplicativos foram desenhados para uma geração que já os usa há mais dez anos, e, por vezes, já solidificaram relacionamentos amorosos.

Com isso, as novas gerações tendem a não se identificar com a fórmula que foi concebida para uma geração anterior.

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