Crise dos chips atrasa entrega de roteadores em mais de um ano na Europa
Escassez que afetou inicialmente as montadoras começa a ser sentida em outros setores, cada vez mais próxima dos consumidores
Thiago Lavado
Publicado em 15 de abril de 2021 às 09h39.
Última atualização em 15 de abril de 2021 às 10h11.
A crise de fornecimento de chips e semicondutores está cada vez mais atrapalhando o negócio de diferentes empresas. Provedores de banda larga e internet na Europa já relatam atrasos de mais de um ano na entrega de roteadores , de acordo com informações da agência Bloomberg.
Alguns dos períodos de espera já chegam a 60 dias, o dobro do tempo de espera anterior, de acordo com fontes da agência.
Ficar sem roteadores é um problema porque prevê que as provedoras tragam novos assinantes e clientes, redução de vendas.
A cadeia de componentes elétricos está enfrentando problemas desde o início do ano passado, quando o início da pandemia prejudicou a logística e a cadeia na China, mas continuou no decorrer do ano com aumento da demanda por semicondutores em indústrias como a automobilística.
O déficit global de semicondutores é causado pela explosão da demanda por eletrônicos e veículos cada vez mais sofisticados, que processam grandes quantidades de dados. Enquanto isso, gargalos de fornecimento relacionados à pandemia agravaram o problema, o que levou fabricantes de chips a investirem bilhões de dólares em novas unidades para lidar com o aperto, mas a perspectiva deve piorar até que a situação seja aliviada.
A Zyxel, uma fabricante de roteadores baseada em Taiwan e é uma das principais fornecedoras para países como Noruega e Reino Unido, afirmou à Bloomberg que, desde janeiro, tem pedido aos seus clientes que façam pedidos com um ano de antecedência.
Nenhuma provedora de internet ficou sem roteadores ainda, mas a cadeia de suprimentos está comprometida pelos próximos 6 meses, então é possível que isso aconteça.