Controlaremos games com a mente no futuro, diz chefe de Xbox
Em entrevista a EXAME.com, Phil Spencer, chefe da divisão Xbox na Microsoft, disse que o objetivo é fazer a tecnologia sumir dos games
Victor Caputo
Publicado em 9 de outubro de 2015 às 09h18.
São Paulo – Phil Spencer é chefe da divisão Xbox dentro da Microsoft . Se alguém pode falar sobre o futuro dos games e dos consoles de videogame, esse alguém é Spencer.
Em uma passagem por São Paulo, por conta da Brasil Game Show, EXAME.com teve a oportunidade de conversar com Spencer sobre o mercado de games e sobre o seu futuro.
Spencer fez a alegria de muitos jogadores brasileiros com uma apresentação sobre a linha de jogos do console Xbox One. “As pessoas aqui são muito receptivas. Eu mal consigo andar entre elas por aqui”, brincou Spencer.
Veja os principais momentos da conversa com Spencer abaixo.
Como você vê o futuro dos jogos? Realidade virtual será algo importante?
Eu acho que essas tecnologias irão funcionar. Já vi bastante e joguei bastante com esse tipo de coisa. Existe um potencial para que isso funcione. São novas experiências que poderão ser levadas até os jogadores.
Tecnologias como realidade virtual, o Kinect ou outros sensores de movimentos são a tentativa de tirar a barreira que existe entre o jogador e experiência na qual estão inseridos. Para jogadores experientes, o controle não existe. Você não pensa em clicar no botão para pular, isso simplesmente acontece, vira subconsciente.
As novas tecnologias são o esforça de trazer isso para quem nunca pegou um controle. Você usa os movimentos em um dispositivo como o HoloLens. Isso somos nós construindo tecnologia para deixar a tecnologia invisível. É exatamente isso que é o futuro. Em algum momento será possível ler o que você está pensando. Em 10 ou 20 anos será assim que as pessoas irão interagir com o videogame.
Você comentou sobre a reação das pessoas. Como é trabalhar lidando com consumidores apaixonados assim? É visível que eles passam retorno positivo ou negativo quase em tempo real para vocês.
Sabe, eu joguei games minha vida inteira. Eu cresci com isso. Eu era um adolescente jogando e programando meu computador. Esse era eu. Quando eu vejo os jogadores, eu me vejo ali entre eles. Você pergunta como isso é para mim, pessoalmente. Eu sou essa indústria, esse consumidor. Talvez por isso eu tenha acabado nesse trabalho.
Agora, pensando em como isso é para a Microsoft é algo diferente. O mercado de games é importantíssimo. Os jogos estão no seu smartphone, no seu computador e no seu console. Se você parar para pensar, jogos no Android ou no iPhone são uma das principais partes desse negócio hoje.
Para a Microsoft, perceber que esse mercado não está funcionando é sinal de que parte do seu mercado de consumo não está funcionando. Por isso trabalhamos tanto nesse lado do Windows 10, para garantir que ele é uma plataforma boa para games – seja para os jogadores, seja para os desenvolvedores. Essa resposta dos consumidores é importante para a nossa plataforma.
Falando nisso, o que podemos esperar de Windows 10 no Xbox One?
Para o dono de um Xbox One, ele terá a nova interface, que será mais veloz. Nós mexemos nos códigos, mas é o Windows 10 usando o Xbox One para funcionar.
Para desenvolvedores, a ideia é criar um ponto em comum entre um PC com Windows, um smartphone e um Xbox One. Se o desenvolvedor escrever um aplicativo e quiser que ele seja acessível para consumidores em diversos aparelhos, isso será possível. Esse é um ponto importante para os desenvolvedores que querem chegar a mais usuários.
Esse tipo de pensamento pode levar o Xbox para outros usos? Quando foi anunciado, em 2013, tinha a ideia de que ele fosse uma central de entretenimento. Mas podemos pensar em usá-lo para trabalho e para ser produtivo?
É claro que poderia. Com o Xbox, nosso foco continua sendo em rodar ótimos games. Consumidores já usam o Xbox para usar o Skype e nós queremos que ele também sirva para esse tipo de coisa. Primariamente, no entanto, queremos que ele seja ótimo para jogos. Mas eu acho que você verá mais usos para consoles com atividades que não são games.
Eles são computadores poderosos afinal...
Sim. Mas são desenvolvidos com um propósito específico. Se você olhar para um PC, ele não tem um uso em específico, mas geral.
Os jogos exclusivos são hoje a alma dos consoles? Vocês trabalham bastante nesse tipo de parcerias.
Estamos muito orgulhosos dos nossos títulos exclusivos e dos nossos parceiros. É a melhor linha de jogos que já tivemos – e eu estou nesse negócio faz tempo. Eu sei que um dos principais motivos quando alguém vai escolher um console são os exclusivos que ele oferece.
O que você está jogando agora?
Halo 5! Eu recebi a versão final do Halo 5 há uma semana e estou tentando terminar a campanha logo, estou bem próximo.
E como o jogo está?
Ótimo! A 343 Industries [desenvolvedora do jogo] fez um ótimo trabalho. Halo 4 foi o primeiro jogo deles – é meio ridículo você pensar que Halo 4, um grande jogo, foi o primeiro jogo feito por eles. A história está ótima no novo jogo.
São Paulo – Phil Spencer é chefe da divisão Xbox dentro da Microsoft . Se alguém pode falar sobre o futuro dos games e dos consoles de videogame, esse alguém é Spencer.
Em uma passagem por São Paulo, por conta da Brasil Game Show, EXAME.com teve a oportunidade de conversar com Spencer sobre o mercado de games e sobre o seu futuro.
Spencer fez a alegria de muitos jogadores brasileiros com uma apresentação sobre a linha de jogos do console Xbox One. “As pessoas aqui são muito receptivas. Eu mal consigo andar entre elas por aqui”, brincou Spencer.
Veja os principais momentos da conversa com Spencer abaixo.
Como você vê o futuro dos jogos? Realidade virtual será algo importante?
Eu acho que essas tecnologias irão funcionar. Já vi bastante e joguei bastante com esse tipo de coisa. Existe um potencial para que isso funcione. São novas experiências que poderão ser levadas até os jogadores.
Tecnologias como realidade virtual, o Kinect ou outros sensores de movimentos são a tentativa de tirar a barreira que existe entre o jogador e experiência na qual estão inseridos. Para jogadores experientes, o controle não existe. Você não pensa em clicar no botão para pular, isso simplesmente acontece, vira subconsciente.
As novas tecnologias são o esforça de trazer isso para quem nunca pegou um controle. Você usa os movimentos em um dispositivo como o HoloLens. Isso somos nós construindo tecnologia para deixar a tecnologia invisível. É exatamente isso que é o futuro. Em algum momento será possível ler o que você está pensando. Em 10 ou 20 anos será assim que as pessoas irão interagir com o videogame.
Você comentou sobre a reação das pessoas. Como é trabalhar lidando com consumidores apaixonados assim? É visível que eles passam retorno positivo ou negativo quase em tempo real para vocês.
Sabe, eu joguei games minha vida inteira. Eu cresci com isso. Eu era um adolescente jogando e programando meu computador. Esse era eu. Quando eu vejo os jogadores, eu me vejo ali entre eles. Você pergunta como isso é para mim, pessoalmente. Eu sou essa indústria, esse consumidor. Talvez por isso eu tenha acabado nesse trabalho.
Agora, pensando em como isso é para a Microsoft é algo diferente. O mercado de games é importantíssimo. Os jogos estão no seu smartphone, no seu computador e no seu console. Se você parar para pensar, jogos no Android ou no iPhone são uma das principais partes desse negócio hoje.
Para a Microsoft, perceber que esse mercado não está funcionando é sinal de que parte do seu mercado de consumo não está funcionando. Por isso trabalhamos tanto nesse lado do Windows 10, para garantir que ele é uma plataforma boa para games – seja para os jogadores, seja para os desenvolvedores. Essa resposta dos consumidores é importante para a nossa plataforma.
Falando nisso, o que podemos esperar de Windows 10 no Xbox One?
Para o dono de um Xbox One, ele terá a nova interface, que será mais veloz. Nós mexemos nos códigos, mas é o Windows 10 usando o Xbox One para funcionar.
Para desenvolvedores, a ideia é criar um ponto em comum entre um PC com Windows, um smartphone e um Xbox One. Se o desenvolvedor escrever um aplicativo e quiser que ele seja acessível para consumidores em diversos aparelhos, isso será possível. Esse é um ponto importante para os desenvolvedores que querem chegar a mais usuários.
Esse tipo de pensamento pode levar o Xbox para outros usos? Quando foi anunciado, em 2013, tinha a ideia de que ele fosse uma central de entretenimento. Mas podemos pensar em usá-lo para trabalho e para ser produtivo?
É claro que poderia. Com o Xbox, nosso foco continua sendo em rodar ótimos games. Consumidores já usam o Xbox para usar o Skype e nós queremos que ele também sirva para esse tipo de coisa. Primariamente, no entanto, queremos que ele seja ótimo para jogos. Mas eu acho que você verá mais usos para consoles com atividades que não são games.
Eles são computadores poderosos afinal...
Sim. Mas são desenvolvidos com um propósito específico. Se você olhar para um PC, ele não tem um uso em específico, mas geral.
Os jogos exclusivos são hoje a alma dos consoles? Vocês trabalham bastante nesse tipo de parcerias.
Estamos muito orgulhosos dos nossos títulos exclusivos e dos nossos parceiros. É a melhor linha de jogos que já tivemos – e eu estou nesse negócio faz tempo. Eu sei que um dos principais motivos quando alguém vai escolher um console são os exclusivos que ele oferece.
O que você está jogando agora?
Halo 5! Eu recebi a versão final do Halo 5 há uma semana e estou tentando terminar a campanha logo, estou bem próximo.
E como o jogo está?
Ótimo! A 343 Industries [desenvolvedora do jogo] fez um ótimo trabalho. Halo 4 foi o primeiro jogo deles – é meio ridículo você pensar que Halo 4, um grande jogo, foi o primeiro jogo feito por eles. A história está ótima no novo jogo.