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Conheça o robô que encontrou os destroços do Airbus

O Remus 6000, robô subaquático que encontrou os destroços do vôo 447 da Air France, já foi usado pelo governo americano na guerra do Iraque

O robô subaquático Remus 6000 foi o responsável pela localização dos destroços do voo 447 da Air France (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 10h54.

São Paulo — Na segunda-feira, a BEA, agência de investigação de acidentes da França, anunciou que foram encontrados mais pedaços do avião Airbus A 330 que desapareceu no mar em 1º de junho de 2009, quando saiu do Rio de Janeiro em direção a Paris, matando 228 pessoas. Os destroços do vôo 447 da Air France foram localizados por um robô subaquático Remus 6000, modelo que já foi usado pelo governo americano na Guerra do Iraque.

Após quase dois anos, a quarta tentativa de encontrar os destroços foi bem-sucedida graças ao uso de três desses veículos subaquáticos autônomos, que vasculharam uma área de 10 mil km² no Oceano Atlântico, a cerca de 1.500 km da costa de Recife.

As buscas foram coordenadas pela BEA, mas toda a parte técnica é responsabilidade da empresa privada americana Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) que forneceu o Remus 6000 – robô subaquático que localizou os destroços do avião a 3.900 metros de profundidade.

Submarino autônomo

Os Remus (Remote Environmental Monitoring UnitS) são uma linha de submarinos autônomos não tripulados. A versão 6000 possui 71 cm de diâmetro, pesa 885 kg e é capaz de operar a até 6 mil metros de profundidade.

Graças a uma bateria de lítio-íon de 11 kWh recarregável, o veículo tem autonomia para permanecer em movimento por até 22 horas a uma velocidade de 4 nós (7,4 km/h). O robô usa dispositivos acústicos para se localizar. Sensores registram as informações obtidas. A combinação de dados desses dois sistemas permite gerar mapas 2D e 3D do fundo do mar.


Cada Remus possui três motores elétricos com controles independentes e dois pares de lemes usados para ajustar a direção. Todos os equipamentos elétricos e eletrônicos são controlados por um laptop que fica dentro do robô. Ele pode ser pré-programado para seguir uma rota específica ou analisar determinados parâmetros.

Além de um sonar de efeito Doppler para medição de correntes, o Remus possui um sonar de varredura lateral e uma câmera digital de alta resolução. São eles que permitem identifciar objetos no fundo do mar, como os destroços do Airbus.

O veículo foi inicialmente projetado para monitoramento costeiro, mas já foi usado até em operações militares. Em 2003, durante a invasão do Iraque, o governo americano enviou vários Remus para detectar minas no porto de Um Qasr, no Golfo Pérsico. A eficiência é sua principal vantagem em missões de pouca profundidade, já que cada um dos veículos pode fazer o trabalho de 12 a 16 mergulhadores.

Missão Airbus

A quarta tentativa de achar os destroços teve um custo estimado de US$12,5 milhões, pagos pela Airbus e pela Air France. A equipe de buscas saiu do porto de Suape, no Brasil, em 22 de março e chegou ao local do início da missão em 25 de março.

Após uma semana, um dos três veículos autônomos subaquáticos encontrou o que buscava. Um segundo veículo foi enviado à área para um mapeamento mais detalhado e para fotografar os destroços encontrados.

Os três veículos Remus continuam na área, vasculhando-a em busca de outras partes do avião. O objetivo, é claro, é encontrar a caixa-preta. Estima-se que, até agora, mais de US$ 28 milhões tenham sido gastos com as buscas da aeronave.

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As buscas foram coordenadas pela BEA, mas toda a parte técnica é responsabilidade da empresa privada americana Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) que forneceu o Remus 6000 – robô subaquático que localizou os destroços do avião a 3.900 metros de profundidade.

Submarino autônomo

Os Remus (Remote Environmental Monitoring UnitS) são uma linha de submarinos autônomos não tripulados. A versão 6000 possui 71 cm de diâmetro, pesa 885 kg e é capaz de operar a até 6 mil metros de profundidade.

Graças a uma bateria de lítio-íon de 11 kWh recarregável, o veículo tem autonomia para permanecer em movimento por até 22 horas a uma velocidade de 4 nós (7,4 km/h). O robô usa dispositivos acústicos para se localizar. Sensores registram as informações obtidas. A combinação de dados desses dois sistemas permite gerar mapas 2D e 3D do fundo do mar.


Cada Remus possui três motores elétricos com controles independentes e dois pares de lemes usados para ajustar a direção. Todos os equipamentos elétricos e eletrônicos são controlados por um laptop que fica dentro do robô. Ele pode ser pré-programado para seguir uma rota específica ou analisar determinados parâmetros.

Além de um sonar de efeito Doppler para medição de correntes, o Remus possui um sonar de varredura lateral e uma câmera digital de alta resolução. São eles que permitem identifciar objetos no fundo do mar, como os destroços do Airbus.

O veículo foi inicialmente projetado para monitoramento costeiro, mas já foi usado até em operações militares. Em 2003, durante a invasão do Iraque, o governo americano enviou vários Remus para detectar minas no porto de Um Qasr, no Golfo Pérsico. A eficiência é sua principal vantagem em missões de pouca profundidade, já que cada um dos veículos pode fazer o trabalho de 12 a 16 mergulhadores.

Missão Airbus

A quarta tentativa de achar os destroços teve um custo estimado de US$12,5 milhões, pagos pela Airbus e pela Air France. A equipe de buscas saiu do porto de Suape, no Brasil, em 22 de março e chegou ao local do início da missão em 25 de março.

Após uma semana, um dos três veículos autônomos subaquáticos encontrou o que buscava. Um segundo veículo foi enviado à área para um mapeamento mais detalhado e para fotografar os destroços encontrados.

Os três veículos Remus continuam na área, vasculhando-a em busca de outras partes do avião. O objetivo, é claro, é encontrar a caixa-preta. Estima-se que, até agora, mais de US$ 28 milhões tenham sido gastos com as buscas da aeronave.

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