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Conexão de Elon Musk com SolarEdge joga dúvidas sobre ações

Para SolarEdge Technologies Inc., os laços com Elon Musk já não são algo para se gabar


	Elon Musk: preocupação maior é se a indústria solar pode viver sem o apoio do governo
 (Brendan Smialowski/Getty Images/Getty Images)

Elon Musk: preocupação maior é se a indústria solar pode viver sem o apoio do governo (Brendan Smialowski/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2015 às 20h34.

Para SolarEdge Technologies Inc., os laços com Elon Musk já não são algo para se gabar.

SolarCity Corp. do bilionário do Vale do Silício é o maior comprador de seus componentes para sistemas fotovoltaicos.

Isso transformou a SolarEdge na queridinha dos investidores até que seu principal cliente anunciou que iria diminuir as instalações de painéis.

As ações da empresa israelense, que tinham chegado a US$ 42 voltaram para US$ 18, o preço de março quando estrearam na Bolsa de Nova York.

A preocupação maior é se a indústria solar pode viver sem o apoio do governo.

O vencimento dos créditos fiscais norte-americanos para fontes de energia renováveis no final de 2016 provocou uma onda de vendas que envolveu a SolarEdge, cujos executivos estão agora tentando assegurar aos acionistas que a empresa vai continuar a crescer independente dos problemas e subsídios da SolarCity.

“Há muita incerteza no mercado, e os maiores eventos estão jogando sombra sobre o que vemos aqui”, disse Ronen Faier, diretor financeiro da SolarEdge, a investidores em uma conferência do Goldman Sachs Group Inc. em Nova York na semana passada.

“O que vemos no mercado está desconectado com nosso desempenho como empresa”.

Vencendo as previsões

Ele está certo.

O lucro e as vendas da SolarEdge superaram as estimativas nos últimos dois trimestres.

A receita deverá crescer 49 por cento, chegando a US$ 483 milhões em 2016, de acordo com a média das estimativas de oito analistas consultados pela Bloomberg. A empresa conseguiu US$ 126 milhões em março, a maior oferta pública inicial de Israel este ano.

Muitos analistas de Wall Street apoiam a empresa: sete dos oito recomendam comprar a ação, pois preveem um crescimento de 77 por cento no próximo ano.

Mesmo assim, até aqueles que estão otimistas sobre as perspectivas da empresa a longo prazo dizem que turbulências na indústria solar estão causando problemas para as ações.

O Russell 1000 Energy Index perdeu 17 por cento este ano, enquanto a SolarCity caiu 46 por cento. SolarEdge, com sede em Herziliya Pituach, Israel, ainda está mantendo a cabeça fora da água, com uma alta de 1,5 por cento até o momento.

Maldição ‘subprime’

Em agosto, o gerente do fundo hedge Jim Chanos chamou a SolarCity, cujo presidente e maior acionista é Elon Musk, uma empresa de financiamento “subprime”.

Afirmou que está apostando contra as ações dela porque seu modelo de negócio de investir no telhado solar e vender a produção para os proprietários com contratos de longo prazo que poderiam ser quebrados é muito arriscado.

Na semana passada, a empresa conseguiu um investimento US$ 113 milhões em dinheiro de Silver Lake e altos executivos. Jonathan Bass, porta-voz da SolarCity, se recusou a comentar o assunto. Executivos da SolarEdge não estavam disponíveis para comentários adicionais.


O que os investidores da SolarEdge querem ver é a empresa diversificar sua base de clientes, além dos EUA e da SolarCity.

Ao se concentrar na Europa e no Japão, a empresa está fazendo exatamente isso, disse o CEO Guy Sella em uma teleconferência neste mês.

Outras considerações: carvão e gás barato prejudicam a demanda por energia solar e a SolarEdge também está envolvida em uma “guerra de preços” com o concorrente californiano Enphase Energy Inc., disse Jeff Osborne, analista da Cowen Co. em Nova York.

“É difícil criar um modelo de lucros se você não sabe quais serão os preços “, disse ele.

No entanto, mesmo em um clima de rivalidade feroz e incerteza, a SolarEdge tem o tipo de tecnologia que permite a diminuir custos e compensar a perda potencial de subsídios, de acordo com Michael Morosi, analista da Avondale Partners, em Nashville.

“Como o provedor de baixo custo, eles estão bem posicionados para ganhar participação com tempo”, ele afirmou.

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