Compras na web batem as feitas em shoppings
O e-commerce do país movimentou R$ 1,25 bilhão, de janeiro a julho de 2010, na Região Metropolitana de São Paulo
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - O e-commerce brasileiro faturou R$ 7,8 bilhões entre janeiro e julho deste ano, contra R$ 7,2 bilhões dos shoppings centers da Grande São Paulo.
O resultado, divulgado hoje pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), em parceria com a e-bit, representa um crescimento do comércio eletrônico de 41,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O e-commerce do país movimentou R$ 1,25 bilhão, de janeiro a julho de 2010, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), alta de 29,3% ante igual período de 2009. Em julho, o segmento correspondeu a 2,3% do total das vendas na Grande São Paulo.
"Estima-se que o comércio eletrônico cresça na ordem de 30% ao ano e, se isso acontecer, nos próximos dois anos as vendas desse segmento tendem a superar as de lojas de departamentos e de móveis e decoração. O comércio eletrônico deixará de ser, no futuro, a nona força do varejo paulista para ficar em sétimo lugar", projeta Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da Fecomercio.
As estimativas da e-bit indicam que o comércio eletrônico deve fechar o ano de 2010 com um faturamento da ordem de R$ 14,3 bilhões, uma expansão de 35% em relação ao ano anterior.
Para o total do varejo na Grande São Paulo em 2010, a Fecomercio projeta um crescimento total de 7% (6,6% no varejo tradicional e 25% no eletrônico).
Nos primeiros sete meses do ano, as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos registraram as maiores altas no varejo da Grande São Paulo, com expansão de 23,8% nas vendas em relação ao mesmo período de 2009.
Em seguida, com alta de 15,7% na mesma base comparativa, veio o setor de vestuário, tecidos e calçados. Considerando o faturamento, os supermercados lideram o varejo da RMSP, ao atingir R$ 18,98 bilhões, elevação de 4,7% ante o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Assessoria Econômica da Fecomercio, a prolongada continuidade, em níveis positivos, dos indicadores determinantes do consumo renda, emprego, crédito, inflação e confiança do consumidor e a ausência de ameaças a esse cenário, no curto prazo, mantêm e mantiveram as vendas em níveis aquecidos no primeiro semestre e em julho passado, dando um tom otimista para o desempenho do comércio até o fim deste ano.
Metodologia
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) é apurada mensalmente pela Fecomercio desde 1970, tendo sido atualizada periodicamente. Os dados são coletados junto a cerca de 1.800 estabelecimentos comerciais na região metropolitana de São Paulo.
A pesquisa tem como objetivo acompanhar e avaliar o desempenho do comércio varejista em seus vários ramos de atividade. Das informações apuradas, são gerados indicadores de faturamento nominal e faturamento real.
A pesquisa sobre e-commerce parte de amostra de 2.500 empresas no Brasil realizada pela consultoria e-bit, o que representa mais de 90% do faturamento do e-commerce brasileiro.
São aplicadas todos os meses 100 mil pesquisas, exclui-se da amostra o setor de serviços, passagens aéreas e vendas de veículos. Com base nas informações obtidas, a Fecomercio consolida os dados fornecidos pela e-bit, contabilizando-os e comparando-os ao conjunto de atividades do varejo da Grande São Paulo.
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