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Comparamos seis celulares com suporte a mais de um SIM card

Categoria não é contemplada com uma infinidade de recursos, como acontece tradicionalmente com os smartphones topo de linha

Foram testados cinco modelos para diferentes gostos, bolsos e com recursos variados (Divulgação)

Foram testados cinco modelos para diferentes gostos, bolsos e com recursos variados (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 16h55.

São Paulo - Por muitos motivos, manter mais de uma linha de celular pode ser um ótimo negócio. Seja para gerar economia nas ligações, ou mesmo gerenciar ao mesmo tempo o telefone de trabalho e o pessoal, os aparelhos Dual ou Tri SIM trazem benefícios a muitos usuários.

Infelizmente, a categoria não é contemplada com uma infinidade de recursos, como acontece tradicionalmente com os smartphones topo de linha. Lutando contra essa marginalidade do mercado, as fabricantes investem em recursos para que os aparelhos se mantenham atrativos a um número maior de pessoas, e não só aos que desejam exclusivamente o controle de linhas simultâneas.

O INFOlab testou cinco modelos para diferentes gostos, bolsos e com recursos variados.

Nota 5,4 Samsung Duos Lite GT-E2152L

Se a intenção é gastar o menos possível em um celular dual SIM sem recorrer aos xing-lings, o Duos Lite é uma alternativa. O modelo é bem compacto e apresentou duração de bateria notável nos testes do INFOlab.

Só que, fora isso, os demais recursos do aparelho são semelhantes aos de um celular de 2002. Ou seja, a câmera é fraquíssima e a memória é mínima.

Há algum tempo não testávamos um eletrônico tão simples. A Samsung não divulga qual é exatamente o processador utilizado, mas trata-se de um chip básico, que só suporta cartões de memória de até 2 GB. Isto, é claro, se o usuário decidir comprar um cartão. De outro modo, o slot de microSD vem vazio.


É o suficiente para rodar o sistema da máquina, mas não espere mais do que as funções típicas de qualquer telefone. Seria possível, talvez, elogiar a facilidade de uso dos recursos do Duos Lite, mas isto é principalmente consequência da escassez de opções. Um fator que não ajuda nem um pouco a interação com o aparelho é o teclado alfanumérico.

Nota 6,6 Alcatel One Touch 678G

Os atrativos deste celular da Alcatel são os slots para três SIM cards e o preço. A escolha do chip a ser utilizado é feita no momento do envio da chamada de voz, do SMS e da conexão à internet. Mas dá para automatizar as respostas para serem feitas sempre pela linha que recebeu o telefonema ou a mensagem.

A definição dos menus é boa, mas a tela é pequena. O uso de três chips SIM ao mesmo tempo certamente criou um problema para os engenheiros da Alcatel: como encontrar espaço para outros componentes e garantir uma duração de bateria razoável? Compreensivelmente, a configuração acabou levando a pior no balanço de prioridades.

Como o sistema operacional é extremamente simples, o processador Spreadtrum (um núcleo ARM7 que roda a 78 MHz) tem o tamanho certo para controlar os componentes da máquina e proporcionar uma experiência de uso razoavelmente ágil. A deficiência mais sensível está na memória.

Apenas 64 MB estão disponíveis para armazenamento interno e o slot para cartão de memória vem vazio. O eventual dono desse celular também deve ter em mente que o processador do aparelho não suporta cartões com capacidade superior a 16 GB.


Nota 6,9 Motorola Fire Dual XT31

Com Wi-Fi, touchscreen e teclado físico, o Fire Dual Chip XT31, também chamado de Spice Key XT317, é um Android que trabalha com duas linhas e merece várias ressalvas. Só um dos slots permite o uso da rede 3G. A baixa resolução da tela deixa claro que se trata de um smartphone básico.

As teclas pequeninas não proporcionam uma digitação confortável. Quem comprar o Fire XT317 deve ter em mente que os circuitos internos não têm uma expectativa de vida muito favorável.

Estamos falando de um system-on-a-chip MSM7227, similar ao encontrado em muitos smartphones básicos lançados entre 2010 e 2011, como o Galaxy Mini e o HTC Legend. Destrinchando esse SoC, encontramos um núcleo ARM11 de 600 MHz para rodar o sistema e os aplicativos do usuário.

Passando para o processamento gráfico, o MSM7227 prevê uma Adreno 200. Trata-se de uma GPU já bem ultrapassada mas que, por ter suporte ao OpenGL 2.0, deve ser capaz de lidar com a maioria das aplicações sem grandes percalços. O restante do silício inclui 256 MB de RAM, acompanhados por um cartão microSD de 2 GB.

Nota 7,2 Nokia C2-06

Uma boa sacada desse celular é o segundo slot para SIM na lateral. Nem é preciso desligar o aparelho para trocar o chip e sair falando. O gerenciamento das linhas é bem flexível para atribuir funções de voz, SMS, MMS e tráfego de dados para cada linha.

A interface é bem arrumada, mas a sensibilidade do touchscreen deixa a desejar. Não tem 3G nem Wi-Fi. Não se deve esperar muito do C2-06 em termos de desempenho. Apesar da tela sensível, não há dúvidas de que este é um celular simples que oferece pouco além das funções de um telefone.


No entanto, dentro do mundo dos aparelhos básicos, esse Nokia assume uma posição relativamente avançada. Parte da razão que motiva esse elogio está na adoção do sistema operacional S40, e que baste dizer sobre suas credenciais que este ainda é o sistema de celular mais utilizado no mundo.

Nota 7,4  Optimus Net Dual

A opção mais sofisticada para atender telefonemas para a linha pessoal e a profissional em um único aparelho ou para aproveitar os descontos em chamadas entre clientes da mesma operadora é o Optimus Net Dual. O modelo tem tela sensível ao toque, sistema Android e recursos dignos de um smartphone intermediário.

O gerenciamento das duas linhas é bem simples. Os SIM cards são identificados com ícones e cores diferentes. Um botão no corpo do aparelho faz a troca instantânea da linha definida como a principal para a realização de chamadas. A escolha do chip a ser usado para o tráfego de dados pela rede 3G é feita pelo menu de configuração.

Outra forma de navegar na internet é pelo Wi-Fi. A mistura de contatos dos dois SIM cards não resulta em bagunça. A agenda identifica a origem de cada contato na lista geral e oferece a visualização por grupos. Uma limitação é a pouca memória interna. Dos 256 MB, somente 150 MB ficam disponíveis para aplicativos e arquivos.

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