Como lidar com um babaca no trabalho, segundo a ciência
“A perspectiva de crescer na empresa atenua os efeitos negativos das pessoas negativas“, comenta a pesquisadora da Universidade de Michigan
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2016 às 17h43.
Não é nenhum segredo: passar o dia com gente legal pode nos deixar felizes, conviver com gente chata faz com que nos sintamos mal com alguma frequência. Mas ter de lidar com colegas de trabalho escrotos faz mais do que isso: pode prejudicar nosso desempenho profissional.
Essa foi uma das conclusões do estudo liderado pela professora Gretchen Spreitzer, da Escola de Negócios Ross da Universidade de Michigan.
Ela e sua equipe já haviam descoberto, em estudos anteriores, que perspectivas de crescimento na empresa e relacionamentos com pessoas positivas (que eles chamam de relações “energizantes”) levam a um melhor desempenho profissional e melhores resultados nos negócios.
O estudo de agora vai pelo caminho oposto: descobrir se a relação com pessoas babacas (que seriam as “desenergizantes” ) são apenas um pé no saco ou se tem consequências mais profundas.
Foram feitos então dois estudos em duas empresas diferentes. Na primeira, foi pedido a funcionários de TI em uma empresa de engenharia que avaliassem suas relações com os colegas.
Os pesquisadores também analisaram as avaliações de desempenho de cada funcionário. O resultado foi que, quanto mais uma pessoa tinha que interagir com gente babaca, menor era seu desempenho no trabalho.
O segundo estudo, feito com funcionários de uma empresa de consultoria, teve essas mesmas características, mas com uma coisa a mais: os voluntários também tiveram de responder o quanto achavam que estavam prosperando na carreira.
Os resultados revelaram que quem sentia que tinha boas chances de crescimento profissional se saiu melhor em suas avaliações de desempenho, apesar da convivência com as pessoas “desenergizantes”.
“A perspectiva de crescer na empresa atenua os efeitos negativos das pessoas negativas“, comenta a autora. E isso mostrou a ela que há algumas medidas que empregados e chefes podem adotar para evitar que esses tipos prejudiquem os outros:
Como lidar se você é funcionário
– Limite tanto quanto puder as interações com pessoas negativas e babacas, sem medo.
– Aumente o tempo que você gasta com pessoas que fazem você se sentir bem.
– Tenha certeza de que o seu trabalho é significativo.
Como lidar se você é chefe
– Defina padrões de comportamento adequado no ambiente de trabalho e cobre de seus funcionários o respeito a essas regras. Spreitzer observa que, muitas vezes, pessoas difíceis são tecnicamente boas no que fazem, e por isso há uma tendência da chefia em fazer vista grossa ao mau comportamento.
– Leve em conta o comportamento da pessoa antes de decidir promovê-las – lembre-se de que as promoções afetarão outras pessoas.
– Dê aos funcionários feedback regular sobre seu trabalho e priorize os treinamentos que envolvam cultura de trabalho e comportamento profissional.
Para a autora, tais medidas não só melhoram o dia a dia das pessoas, como também afetam os resultados da empresa – gente feliz produz mais e melhor – e aí todo mundo sai ganhando.
Os resultados aparecerão no Journal of Applied Psychology. Mais sobre o estudo aqui.
Não é nenhum segredo: passar o dia com gente legal pode nos deixar felizes, conviver com gente chata faz com que nos sintamos mal com alguma frequência. Mas ter de lidar com colegas de trabalho escrotos faz mais do que isso: pode prejudicar nosso desempenho profissional.
Essa foi uma das conclusões do estudo liderado pela professora Gretchen Spreitzer, da Escola de Negócios Ross da Universidade de Michigan.
Ela e sua equipe já haviam descoberto, em estudos anteriores, que perspectivas de crescimento na empresa e relacionamentos com pessoas positivas (que eles chamam de relações “energizantes”) levam a um melhor desempenho profissional e melhores resultados nos negócios.
O estudo de agora vai pelo caminho oposto: descobrir se a relação com pessoas babacas (que seriam as “desenergizantes” ) são apenas um pé no saco ou se tem consequências mais profundas.
Foram feitos então dois estudos em duas empresas diferentes. Na primeira, foi pedido a funcionários de TI em uma empresa de engenharia que avaliassem suas relações com os colegas.
Os pesquisadores também analisaram as avaliações de desempenho de cada funcionário. O resultado foi que, quanto mais uma pessoa tinha que interagir com gente babaca, menor era seu desempenho no trabalho.
O segundo estudo, feito com funcionários de uma empresa de consultoria, teve essas mesmas características, mas com uma coisa a mais: os voluntários também tiveram de responder o quanto achavam que estavam prosperando na carreira.
Os resultados revelaram que quem sentia que tinha boas chances de crescimento profissional se saiu melhor em suas avaliações de desempenho, apesar da convivência com as pessoas “desenergizantes”.
“A perspectiva de crescer na empresa atenua os efeitos negativos das pessoas negativas“, comenta a autora. E isso mostrou a ela que há algumas medidas que empregados e chefes podem adotar para evitar que esses tipos prejudiquem os outros:
Como lidar se você é funcionário
– Limite tanto quanto puder as interações com pessoas negativas e babacas, sem medo.
– Aumente o tempo que você gasta com pessoas que fazem você se sentir bem.
– Tenha certeza de que o seu trabalho é significativo.
Como lidar se você é chefe
– Defina padrões de comportamento adequado no ambiente de trabalho e cobre de seus funcionários o respeito a essas regras. Spreitzer observa que, muitas vezes, pessoas difíceis são tecnicamente boas no que fazem, e por isso há uma tendência da chefia em fazer vista grossa ao mau comportamento.
– Leve em conta o comportamento da pessoa antes de decidir promovê-las – lembre-se de que as promoções afetarão outras pessoas.
– Dê aos funcionários feedback regular sobre seu trabalho e priorize os treinamentos que envolvam cultura de trabalho e comportamento profissional.
Para a autora, tais medidas não só melhoram o dia a dia das pessoas, como também afetam os resultados da empresa – gente feliz produz mais e melhor – e aí todo mundo sai ganhando.
Os resultados aparecerão no Journal of Applied Psychology. Mais sobre o estudo aqui.