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Com novo app, passear de iate custa apenas US$ 120 por dia

Algumas horas em um pequeno catamarã podem custar mais de US$ 1.000, mas o Float promete negociar esse preço em 99 euros (US$ 117) por dia

Iate na Riviera Francesa (Christopher Furlong/Getty Images)

Iate na Riviera Francesa (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 07h45.

Passeios de iate na Riviera Francesa evocam ir a festas regadas a champanhe no deck, deslizar pelo mar azul-turquesa em jet skis e ter uma equipe para pulverizar seu rosto queimado de sol com névoa da Evian — tudo pelo preço mínimo de US$ 10.000 por semana.

Até agora, aqueles sem orçamentos de cinco ou seis dígitos tinham dificuldade para viver a vida sonhada dos iates. Ou você “conhece um cara” que pode lhe alugar um barco por um dia, ou você passa pelos canais oficiais com uma agência de charter.

Algumas horas em um pequeno catamarã em Cannes podem custar mais de US$ 1.000 após rodadas de negociação do contrato, comissões e formulários com cópias de carbono.

Ou você pode ignorar o sistema e viver seus sonhos marítimos regados a bebidas alcoólicas por apenas 99 euros (US$ 117) por dia.

Essa é a promessa por trás da Float, uma empresa inovadora lançada em junho passado em Mônaco e Saint-Tropez — e que está se expandindo rapidamente para outros mercados marítimos importantes. Trata-se de uma espécie de Airbnb.

O site de hospedagem permite que você alugue um quarto em um apartamento ou um apartamento completo, dependendo de quanto você pretende esbanjar ou economizar.

A Float também permite que você reserve apenas um “lugar”, se você não tiver sete amigos para bancar o custo do charter de um iate, ou você pode reunir um grupo de amigos e fretar uma lancha pequena e elegante. Com a primeira opção, no entanto, você pode acabar fazendo novas amizades quando lançar a âncora para nadar.

Como funciona

“Nós somos mais como a NetJets do que como um táxi aquático”, diz o cofundador da Float, Jean-Jacques Boude, fazendo uma comparação entre sua startup e a pioneira na posse fracionada de aviões particulares, que pertence à Berkshire Hathaway e fez sucesso durante a recessão, mas está estável e continua crescendo após 53 anos de atividade. Segundo ele, Airbnb e Uber também serviram de inspiração para sua abordagem.

“Nós vendemos charters diários por assento ou cabine para alguns dias a bordo, através de um aplicativo totalmente digital”, disse ele. O modelo se compara melhor com o programa de cartões de avião da NetJets, que permite comprar “horas de voo” em um sistema à la carte.

Na verdade, o serviço se concentra mais na experiência do que um táxi aquático. A Float vai transportar você para passar o dia em um clube de praia badalado em Pampelonne ou La Mala, mas o verdadeiro apelo do serviço é mais estar na água do que ir do ponto A ao ponto B.

Você navega, você brinda, você nada no Mediterrâneo e talvez até pesque ou ande de jet ski. Você vai acabar chegando a seu porto de destino, onde passará algumas horas, e depois voltará ao ponto de partida.

Reservar leva dois ou três minutos, no máximo: você se inscreve no aplicativo ou no site, escolhe origem e destino, seleciona o número de lugares que deseja reservar e insere seu cartão de crédito.

Pouco depois, um cartão de embarque é enviado a seu Apple Wallet. Sem contratos, sem sobretaxas e sem custos ocultos. Esse é um fator distintivo, diz Boude, observando que as empresas tradicionais de charter inflam as tarifas de combustível e alimentos durante as rodadas de negociação do contrato.

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