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Opera aposta em simplicidade para aumentar presença em smartphones

Navegador minimalista esconde tecnologia em prol da experiência de uso

Opera (Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 8 de maio de 2014 às 15h30.

A Opera lançou recentemente o seu novo navegador chamado de Opera Coast para iPhones. Desde o final do ano passado, o aplicativo estava disponível apenas para iPad e oferece uma experiência de uso diferente. Praticamente todas as atividades realizadas no app são realizadas deslizando o dedo na tela e não há menus visíveis como no Safari ou no Google Chrome.

A ideia foi simplificar o navegador para oferecer a melhor experiência no iPhone e no iPad, de acordo com Nora Banquells executiva global de comunicação da Opera Software, em entrevista a INFO.  “Um ponto chave é esconder a tecnologia do aplicativo”, disse Nora.

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A empresa não divulga números, mas aposta no crescimento de sua participação no mercado mobile na América Latina com a chegada do aplicativo para iPhones. De acordo com um relatório divulgado pela consultoria IDC referente ao último trimestre de 2013, Android é a plataforma mais usada do país (88,73%), seguida pelo Windows Phone (6%) e, em terceiro lugar, pelo iOS (4,7%). Entretanto, a consultoria não considera os aparelhos comprados no exterior, apenas em território nacional.

“Temos uma estratégia de crescer em todo o mundo e não só no iOS. Por isso, temos parcerias com grandes fabricantes e operadoras de telefonia móvel. Aqui no Brasil, temos relacionamentos próximos com a TIM e com a Oi, que têm uma versão do nosso browser para seus aparelhos para que eles possam promover alguns dos seus próprios produtos dentro do nosso navegador”, afirmou Sabrina Zaremba, gerente da Opera para a América Latina a INFO.

As parcerias com fabricantes de dispositivos visam oferecer o aplicativo pré-instalado em smartphones ou realizar campanhas de divulgação. Algumas empresas citadas foram Samsung, LG, Lenovo e a brasileira Positivo.

Inicialmente, a monetização do Opera Coast não é uma preocupação para a empresa. Aumentar a base de usuários, aparentemente, é mais importante. Atualmente, a companhia conta com mais de 300 milhões de usuários ativos mensalmente, sendo cerca de 270 milhões em dispositivos móveis (a maioria em smartphones) e mais de 30 milhões em computadores.

Engine da Apple - No ano passado, a Opera passou a usar em alguns produtos o motor de navegação da Apple, deixando de lado o Presto, que foi criado pela própria companhia. “Com o Presto, tínhamos muitas pessoas trabalhando para manter a engine funcionando. Foi uma decisão difícil já que se trata do nosso trabalho, mas também foi algo bom, porque trouxe novos recursos e inovação. Desde que mudamos a engine, tivemos outras oportunidades, como o Opera Coast”, disse Nora. Alguns exemplos da redistribuição de recursos financeiros da empresa foram os produtos Opera Coast e o Opera Max, que será detalhado abaixo.

A parceria com a Apple para o uso da sua tecnologia de “motor de navegação” não limita de forma alguma a empresa de oferecer uma edição para Android do Opera Coast. O desafio, de acordo com Nora, é oferecer um aplicativo que tenha uma ótima experiência de navegação em diversos tipos de aparelhos que rodam o sistema do Google. No caso da Apple, que conta atualmente com pouco menos de dez modelos de tablets e smartphones, essa tarefa é mais simples.

Opera Max – O aplicativo oferece uma tecnologia de compressão de dados semelhante ao que faz o navegador Opera mini, disponível para Android e iOS, que utiliza o serviço da SkyFire, que foi comprada pela desenvolvedora do browser. Entretanto, ela se aplica não somente às paginas de internet, mas a todo o ambiente Android — exceto em aplicativos que são criptografados, como WhatsApp e Facebook.

Por exemplo, quando o usuário acessa o Instagram é possível visualizar as imagens compartilhadas pelos seus amigos com um menor consumo de dados de internet 3G. Em um app compatível com o Opera Max, as informações são transmitidas para os servidores da empresa que comprimem as fotos e as mandam de volta para o smartphone com um tamanho menor “sem perda de qualidade”, segundo a companhia.

A Opera ressalta que não armazena dados de usuários e que considera a privacidade uma questão de extrema importância. Contudo, o aplicativo Opera Max ainda não está disponível para o Brasil, mas ele deve ser lançado “em breve”, talvez ainda neste ano.

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