Tecnologia

Com o retorno aos escritórios e trabalho híbrido, ações da Zoom caem 15%

As ações da Zoom tiveram alta estratosférica durante o momento mais grave da pandemia de coronavírus

Em outubro, a Zoom valia 175 bilhões de dólares (NurPhoto/Getty Images)

Em outubro, a Zoom valia 175 bilhões de dólares (NurPhoto/Getty Images)

 A ação da Zoom caía 15% nesta terça-feira, após a empresa de videoconferência sinalizar queda maior do que a esperada na demanda e analistas questionarem os seus planos para o futuro, no momento em que as pessoas retornam aos escritórios ou seguem em modelo híbrido de trabalho.

A Zoom e outros serviços de videoconferência como Cisco, o Teams da Microsoft e o Slack da Salesforce ganharam milhões de novos usuários porque a pandemia forçou as pessoas a trabalharem, estudarem e se comunicarem com amigos e familiares de maneira remota.

Com o alívio das restrições da pandemia, a Zoom precisará encontrar novas avenidas para crescer. A empresa já fez uma aposta de 14,7 bilhões de dólares na Five9 em julho para reforçar o seu negócio de central de atendimento.

Analistas afirmam que levaria alguns trimestres para a Zoom retornar à sua taxa de crescimento básica.

"Há questões importantes sobre como a nova demanda do consumidor e as taxas de rotatividade dos clientes se estabilizarão no negócio após o afrouxamento das restrições contra a Covid-19", escreveram analistas do Daiwa Capital.

A receita estimada para o atual trimestre do Zoom é de 1,015 bilhão a 1,02 bilhão de dólares, indicando aumento de cerca de 31%, em comparação com taxas múltiplas de crescimento em 2020.

Pelo menos quatro corretoras cortaram o preço-alvo da ação da Zoom, segundo dados da Refinitiv. As ações da empresa caminhavam para o seu pior dia em quase nove meses.

As ações da Zoom tiveram alta estratosférica desde fevereiro de 2020, com a avaliação chegando a 175 bilhões de dólares em outubro. Agora, se as atuais perdas se mantiverem, a capitalização do Zoom será quase metade do pico de outubro.

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