Com configuração tímida, Ypy de 7" aposta em apps
Tablet da Positivo troca o aspecto 4:3 por uma tela widescreen
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2012 às 10h56.
São Paulo - A primeira impressão passada pelo tablet Ypy 7, da Positivo , vem do design. Não tem nada chamativo nem foge do padrão dessa linha. A estrutura é modesta: a tela é brilhante com uma moldura preta e o vidro retém muito a gordura dos dedos, ficando sempre sujo. A tampa traseira de plástico metalizado dá uma aparência um pouco mais refinada, mas não ajuda a diminuir a de fragilidade. Por ter sete polegadas, ele é pequeno o bastante para ser usado com apenas uma mão em algumas tarefas. Mede 19,5 por 12 por 1,1 centímetros e pesa 396 gramas.
Ao iniciá-lo, vem a primeira decepção: a tela é muito ruim. As cores são alteradas dependendo do ângulo de visão, o que causa muito desconforto. É preciso fazer esforço para se acostumar. A resolução de 1024 x 600 e 16 M cores são aceitáveis, mas não ajudam a melhorar as imagens criadas pelo tablet. É fácil de perceber a pouca qualidade logo no wallpaper padrão.
Na verdade, observando as especificações, ele parece estar quase à altura do Samsung Galaxy Tab 2, já que muitas delas coincidem. Mas o desempenho geral do tablet da Positivo fica muito aquém. O processador é o mesmo: um ARMv7 Cortex A9 de 1 GHz. Mas só tem um núcleo, enquanto o da Samsung tem dois. Além disso, o tablet da Positivo tem 512 MB de RAM e GPU Mali 400 MP1. Com esse hardware, ele engasga no funcionamento e tem desempenho gráfico fraco. Por exemplo, no jogo Cut The Rope, dá para notar isso facilmente: a resposta é lenta, demora para carregar as fases, as cores são desbotadas e outros recursos visuais deixam a desejar, como o brilho fraco das estrelinhas e o serrilhado nos contornos.
Ainda falando sobre imagem, as produzidas pela câmera também têm qualidade sofrível. Já não é comum que tablets façam boas fotos, mas o Ypy 7 e sua câmera de 2 MP se destaca negativamente neste quesito. A frontal tem qualidade ainda menor: 0,3 MP.
O sistema operacional é o Android na versão Ice Cream Sandwich (4.0). Ele é bem pouco personalizado para o Ypy 7: temos um guia de inicialização e as áreas de trabalho pré-definidas por categorias. Mas a maior diferença é no teclado, adaptado para o português. Apesar disso, a digitação não é tão confortável: as teclas são pequenas e o toque é pouco exato, o que causa diversos erros. Para inserir vogais acentuadas, pior ainda. Seria bom se tivesse a função Swype, o que permitiria até digitar com só uma mão.
Outro ponto negativo fica com a bateria, que teve duração de três horas e sete minutos nos testes do INFOLab, uma marca muito baixa para a categoria.
Um destaque está nos aplicativos. Ele vem com uma série de apps de revistas, jornais e portais brasileiros, além de outros nativos, como ASTRO File Manager (um gerenciador de arquivos que facilita a organização de qualquer drive conectado ao aparelho), Kingsoft Office (cria, cria, edita e exibe arquivos do Office), Positivo MDM (gereciamento remoto do Ypy) e Prey (aplicativo open source de segurança contra roubos). Quem adquire o tablet também ganha 2 GB de armazenamento online gratuitos.
Quanto às conexões, ele é relativamente bem servido. Vem com miniHDMI, miniUSB, microUSB e microSD. Também tem suporte a uma série de formatos de áudio e vídeo (AAC, MP3, WAV, M4A, OGG, WMA, AMR, AVI, MKV, MOV, MP4, RMVB, WMV e codecs H.264, Xvid, DivX).