Tecnologia

Co-fundador do Twitter quer site mais acessível

Dorsey diz que deseja se concentrar em usuários que "não compreendem realmente o que é o Twitter, e o veem principalmente como experiência de consumo"

Dorsey comandará o desenvolvimento de produtos no site, em sua posição de presidente do conselho, e reconheceu que o Twitter "é algo que as pessoas não conseguem compreender de imediato" (Getty Images/Brian Harkin)

Dorsey comandará o desenvolvimento de produtos no site, em sua posição de presidente do conselho, e reconheceu que o Twitter "é algo que as pessoas não conseguem compreender de imediato" (Getty Images/Brian Harkin)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 20h40.

Nova York - O co-fundador do Twitter, Jack Dorsey, que retornou esta semana à companhia depois de dois anos de ausência, quer tornar o site de microblogs mais acessível para as massas, disse na terça-feira.

"Muita gente sabe que existimos, mas a nossa relevância no mercado de massas continua a ser um desafio", disse Dorsey em evento promovido pela Columbia Journalism School, em Nova York.

Dorsey comandará o desenvolvimento de produtos no site, em sua posição de presidente do conselho, e reconheceu que o Twitter "é algo que as pessoas não conseguem compreender de imediato".

Conhecido por mensagens curtas limitadas a 140 caracteres, os tweets, o Twitter emergiu como uma das mais populares companhias de mídia social. Entre seus usuários estão celebridades como Ashton Kutcher, Conan O'Brien e Charlie Sheen.

Ainda assim, relativamente poucos dos mais de 200 milhões de usuários registrados do Twitter se mantêm ativos no site. O grupo de pesquisa e-Marketer mencionou dados segundo os quais menos de 25 por cento dos usuários do Twitter respondem por cerca de 90 por cento dos tweets.

Dorsey diz que deseja se concentrar em usuários que "não compreendem realmente o que é o Twitter, e o veem principalmente como experiência de consumo".

"Precisamos direcionar seu foco ao valor, e esse será meu objetivo nos próximos meses".

Dorsey fundou o Twitter em 2006, em companhia de Evan Williams e Biz Stone. Foi o primeiro presidente-executivo da empresa até que Williams o substituísse, em 2008.


Ele retorna em um momento no qual o Twitter enfrenta questões sobre a concorrência de rivais como o Facebook e quanto ao seu modelo de negócios, que inclui tweets patrocinados por anunciantes. Ainda assim, o valor estimado para a empresa pelos investidores não para de crescer.

Em dezembro, uma rodada de capitalização de 200 milhões de dólares conduzida pela Kleiner Perkins Caufield & Byers avaliou o Twitter em 3,7 bilhões de dólares. Um leilão de ações do Twitter no mercado secundário, no começo do mês, sugere que os investidores avaliam a empresa em 7,7 bilhões de dólares.

Mesmo com o retorno ao Twitter, Dorsey manterá a presidência da Square, uma empresa iniciante de pagamentos em celulares, que ele fundou no período em que esteve afastado das operações cotidianas do Twitter.

Ele disse que não teria problemas para exercer os dois cargos.

"Estruturo meu tempo com muita disciplina", disse. "Não é uma grande mudança de contexto alternar entre as duas empresas".

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