Clientes do Mt. Gox não terão suas bitcoins de volta
Especialistas dizem que é improvável que o Mt. Gox, o maior banco de bitcoins do mundo, agora fechado, consiga pagar seus clientes. Mas a moeda deve sobreviver
Maurício Grego
Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 14h21.
São Paulo -- Especialistas têm uma má notícia para quem depositou suas valiosas bitcoins no Mt. Gox, o banco de moeda virtual mais conhecido no mundo: os clientes provavelmente não terão suas bitcoins de volta.
É mais um capítulo na lenta agonia do Mt. Gox, que fechou nesta semana. O Mt. Gox era o maior banco de bitcoins do planeta. Vinha enfrentando problemas e, há duas semanas, suspendeu os saques, deixando os clientes revoltados. Nesta semana, o site do banco saiu do ar.
Não se sabe exatamente o que aconteceu no Mt. Gox. Mas um documento que circulou na internet , atribuído ao próprio banco, afirma que hackers roubaram, dele, o equivalente a quase 400 milhões de dólares em bitcoins. O documento detalha uma suposta estratégia para sair da crise.
No site do Mt. Gox, um comunicado do CEO Mark Karpeles diz que a empresa trabalha para resolver os problemas, mas não fornece detalhes. O documento que menciona o roubo diz que o Mt. Gox poderia ser vendido e reabrir sob nova direção e com novo nome.
Mas o blogueiro Ryan Selkis (ele assina Two-Bit Idiot ), que divulgou esse texto, afirma que não existe comprador para o Mt. Gox.
Selkis parece ter bons contatos na comunidade de bitcoin. “O Mt. Gox agiu sozinho em sua desesperadora derrocada. No final, falhou na tentativa de encontrar algum investidor disposto a socorrê-lo”, diz.
Para os clientes do Mt. Gox, essa não é a única má notícia. Especialistas ouvidos pela agência Reuters dizem que é improvável que essas pessoas consigam ter seu dinheiro de volta. A bitcoin não é regulada por um governo e não segue as regras de nenhum país.
Os clientes lesados podem processar o Mt.Gox por negligência, quebra de contrato ou fraude. Mas tudo indica que a empresa está insolvente. Assim, ela não teria como pagar o que deve.
Apesar da importância do Mt. Gox, é improvável que seu fim ameace a existência da bitcoin. O Mt. Gox já chegou a ser responsável por mais de dois terços dos negócios feitos com essa moeda.
Com o tempo, a fatia do Mt. Gox caiu para algo estimado entre 20% e 30% das transações com bitcoins. Os concorrentes têm procurado se distanciar do Mt. Gox, creditando os problemas a suposta negligência ou má fé de seus donos.
Segundo relatos, as operações com bitcoins continuam sendo feitas normalmente por outras empresas (já existem até caixas eletrônicos que operam em bitcoins). A moeda até recuperou parte do valor perdido na crise e vale quase 600 dólares nesta quinta-feira.
Ainda assim, Ryan Selkis disse à Fortune que vendeu todas as suas bitcoins quando percebeu o tamanho da encrenca no Mt. Gox. “Decidi vender tudo por segurança”, afirmou ele. Ah, bom.
São Paulo -- Especialistas têm uma má notícia para quem depositou suas valiosas bitcoins no Mt. Gox, o banco de moeda virtual mais conhecido no mundo: os clientes provavelmente não terão suas bitcoins de volta.
É mais um capítulo na lenta agonia do Mt. Gox, que fechou nesta semana. O Mt. Gox era o maior banco de bitcoins do planeta. Vinha enfrentando problemas e, há duas semanas, suspendeu os saques, deixando os clientes revoltados. Nesta semana, o site do banco saiu do ar.
Não se sabe exatamente o que aconteceu no Mt. Gox. Mas um documento que circulou na internet , atribuído ao próprio banco, afirma que hackers roubaram, dele, o equivalente a quase 400 milhões de dólares em bitcoins. O documento detalha uma suposta estratégia para sair da crise.
No site do Mt. Gox, um comunicado do CEO Mark Karpeles diz que a empresa trabalha para resolver os problemas, mas não fornece detalhes. O documento que menciona o roubo diz que o Mt. Gox poderia ser vendido e reabrir sob nova direção e com novo nome.
Mas o blogueiro Ryan Selkis (ele assina Two-Bit Idiot ), que divulgou esse texto, afirma que não existe comprador para o Mt. Gox.
Selkis parece ter bons contatos na comunidade de bitcoin. “O Mt. Gox agiu sozinho em sua desesperadora derrocada. No final, falhou na tentativa de encontrar algum investidor disposto a socorrê-lo”, diz.
Para os clientes do Mt. Gox, essa não é a única má notícia. Especialistas ouvidos pela agência Reuters dizem que é improvável que essas pessoas consigam ter seu dinheiro de volta. A bitcoin não é regulada por um governo e não segue as regras de nenhum país.
Os clientes lesados podem processar o Mt.Gox por negligência, quebra de contrato ou fraude. Mas tudo indica que a empresa está insolvente. Assim, ela não teria como pagar o que deve.
Apesar da importância do Mt. Gox, é improvável que seu fim ameace a existência da bitcoin. O Mt. Gox já chegou a ser responsável por mais de dois terços dos negócios feitos com essa moeda.
Com o tempo, a fatia do Mt. Gox caiu para algo estimado entre 20% e 30% das transações com bitcoins. Os concorrentes têm procurado se distanciar do Mt. Gox, creditando os problemas a suposta negligência ou má fé de seus donos.
Segundo relatos, as operações com bitcoins continuam sendo feitas normalmente por outras empresas (já existem até caixas eletrônicos que operam em bitcoins). A moeda até recuperou parte do valor perdido na crise e vale quase 600 dólares nesta quinta-feira.
Ainda assim, Ryan Selkis disse à Fortune que vendeu todas as suas bitcoins quando percebeu o tamanho da encrenca no Mt. Gox. “Decidi vender tudo por segurança”, afirmou ele. Ah, bom.