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Cientistas encontram "teto" para tempo máximo da vida humana

Ninguém é capaz de bater o recorde da pessoa que viveu mais tempo na história, 122 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira


	Longevidade: o limite foi alcançado em 1997 - o ano em que a francesa Jeanne Calment morreu com a idade recorde de 122 anos e 164 dias
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Longevidade: o limite foi alcançado em 1997 - o ano em que a francesa Jeanne Calment morreu com a idade recorde de 122 anos e 164 dias (Thinkstock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2016 às 22h26.

Ninguém é capaz de bater o recorde da pessoa que viveu mais tempo na história, 122 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, que afirma ter encontrado um "teto" para o tempo máximo da vida humana.

Analisando dados demográficos de mais de 40 países ao redor do mundo, pesquisadores de Nova York descobriram que o limite para o aumento do tempo máximo de vida, em curso há vários anos, "já foi atingido" na década de 1990.

O limite foi alcançado em 1997 - o ano em que a francesa Jeanne Calment morreu com a idade recorde de 122 anos e 164 dias.

"A tendência desde então para as pessoas mais velhas do mundo tem sido em torno de 115 anos de idade", disse à AFP o coautor do estudo Brandon Milholland, do Albert Einstein College of Medicine.

Isto aconteceu apesar de a expectativa de vida média continuar aumentando, conforme a assistência médica, a nutrição e as condições de vida melhoram.

Em outras palavras, mais pessoas estão vivendo em idade avançada nos dias de hoje, mas os indivíduos com vidas excepcionalmente longas não estão envelhecendo tanto quanto antes.

"Prevemos que esta (tendência) permanecerá estável no futuro próximo", disse Milholland.

"É possível que alguém possa ter uma vida ligeiramente mais longa (do que 115 anos), mas as chances de qualquer pessoa no mundo de sobreviver aos 125 em qualquer ano é menos de uma em 10.000".

Tudo isso pode vir a ser alterado, é claro, por um importante avanço médico ou tecnológico - o tão procurado elixir da vida.

"Nós não podemos eliminar a possibilidade de um avanço que vai ampliar o tempo de vida mais para frente, mas este teria que ser diferente de tudo já visto antes", disse Milholland.

Limite natural

"Os avanços médicos das últimas décadas podem ter aumentado a expectativa de vida e a qualidade de vida, mas não fez nada para aumentar o tempo de vida máximo", acrescentou o pesquisador.

De acordo com cientistas, a expectativa de vida subiu quase continuamente em todo o mundo desde o século XIX.

Bebês nascidos nos Estados Unidos hoje, por exemplo, podem esperar viver até os 79 anos, contra os 47 para os americanos que nasceram em 1900.

Desde os anos 1970, a expectativa máxima de vida também aumentou, mas agora parece ter atingido um limite.

Isso sugere que pode haver um limite biológico para o tempo de vida humana - apesar da esperança que algumas pessoas podem ter de encontrar a fonte da juventude.

"Nossos resultados sugerem fortemente que o tempo de vida máximo de seres humanos é fixo e sujeito a condicionantes naturais", escreveu a equipe.

Comentando o estudo, Stuart Jay Olshansky, da Universidade de Illinois, Chicago, escreveu na revista científica Nature que isto era um lembrete de que "a humanidade está se aproximando a um limite natural para a vida".

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