Proteínas sanguíneas em pacientes com Alzheimer aumenta esperanças de teste sanguíneo para diagnósticos (Jean-Francois Monier/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2014 às 13h54.
Londres - Especialistas britânicos identificaram proteínas sanguíneas em pacientes diagnosticados posteriormente com Alzheimer, aumentando a esperança de que um teste possa ajudar na procura de tratamento para a doença.
Atualmente, não há cura para o Alzheimer, a forma mais comum de demência, que afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que poderá triplicar até 2050, de acordo com estimativas da Alzheimer's Disease International.
Um teste para diagnosticar a doença na sua fase inicial permitiria aos pesquisadores monitorar os pacientes antes de atingirem um estágio mais avançado, contribuindo para a descoberta de cura.
O estudo publicado na Alzheimer's & Dementia analisou 220 doentes com ligeiros problemas cognitivos.
Os investigadores identificaram dez proteínas que estavam presentes no sangue de 87% dos pacientes analisados, que foram, no espaço de um ano, diagnosticados com Alzheimer.
“Muitos dos nossos testes com fármacos falharam porque quando eram administrados aos pacientes o seu cérebro já estava gravemente afetado”, disse o professor de neurociência da Universidade de Oxford, Simon Lovestone, que liderou o estudo no King's College de Londres.
“Uma simples análise do sangue poderia ajudar-nos a identificar, em uma fase precoce, os pacientes, que serão submetidos depois a novos testes, e, possivelmente, a desenvolver novos tratamentos para prevenir o avanço da doença. O próximo passo será validar as descobertas em futuras séries de amostras”, acrescentou.