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China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

China denuncia ataques cibernéticos dos EUA, com apoio de aliados como Alemanha e Coreia do Sul, contra infraestruturas críticas do país

China2Brazil
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Agência

Publicado em 1 de agosto de 2025 às 15h36.

Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 15h57.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou nesta quinta-feira, 1º, que os Estados Unidos continuam a representar a principal ameaça cibernética à China.

A declaração foi dada após a divulgação de um relatório da Associação Chinesa de Segurança no Ciberespaço.

O relatório sobre os ataques cibernéticos

O documento aponta que, em 2024, grupos estrangeiros de Ameaça Persistente Avançada (APT), com apoio estatal, realizaram mais de 600 ataques cibernéticos contra instituições chinesas.

As ações visaram infraestruturas críticas e sistemas de informação sensíveis, comprometendo a segurança digital do país. Segundo o levantamento, os Estados Unidos utilizaram países como Alemanha, Coreia do Sul, Singapura e Países Baixos como intermediários para viabilizar os acessos cibernéticos.

Reação da China e críticas aos EUA

Guo Jiakun afirmou que o relatório traz novas evidências de que o governo americano realiza operações cibernéticas ofensivas contra a China.

Ele criticou o que chamou de “hipocrisia dos EUA” ao acusar outros países de práticas que também adota. A China reforçou seu compromisso em proteger sua infraestrutura digital e afirmou que tomará as medidas necessárias para garantir sua segurança cibernética.

A segurança cibernética como responsabilidade coletiva

O porta-voz chinês destacou que a segurança cibernética deve ser tratada como uma responsabilidade coletiva, com base no diálogo e na cooperação internacional, e não usada como ferramenta de confronto geopolítico.

Guo afirmou que a China continuará a tomar as ações necessárias para salvaguardar sua segurança digital.

Disputas em múltiplas frentes

Esse episódio se soma a uma série de disputas entre os dois países, não se limitando às questões cibernéticas, mas também abrangendo áreas como políticas comerciais e estratégias de influência global.

Em julho de 2025, os EUA anunciaram novas tarifas sobre produtos brasileiros, gerando uma reação contrária da China, que tem fortalecido laços comerciais com o Brasil.

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